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Estação GNSS (Global Navigation Satellite System) será instalada na UTFPR Santa Helena

Receptor GNSS é um dos mais modernos e precisos do mercado
publicado: 08/11/2019 18h51 última modificação: 01/07/2020 10h31
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Receptor GNSS de alta precisão

Por meio da colaboração com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia “Tecnologia GNSS no Suporte à Navegação Aérea” (INCT GNSS-NavAer), no qual o Prof. Dr. Vinícius Amadeu Stuani Pereira, do curso de Agronomia, é membro, a UTFPR câmpus Santa Helena recebeu um receptor GNSS (Global Navigation Satellite System) de alta precisão, que será instalado na cobertura do Bloco N (φ ≈ -24° 50’; λ ≈ -54° 20’).

O receptor GNSS é da marca Septentrio, modelo PolaRx5S, considerado um dos mais modernos e precisos do mercado, sendo muito utilizado para pesquisas científicas, principalmente para o monitoramento da camada ionosférica, cálculo do atraso troposférico (que pode ser convertido em água precipitável e utilizado em modelos numéricos de previsão de tempo) e posicionamento relativo cinemático em tempo real (RTK – Real Time Kinematic), funcionando como estação base. Além do receptor, o INCT disponibilizou uma antena Septentrio PolaNt_MC, pino de aço inox para centragem forçada, cabos, nobreak e outros periféricos. A UTFPR câmpus Santa Helena, por sua vez, disponibilizará infraestrutura para instalação da estação GNSS, como ambiente climatizado, internet e energia.

O INCT GNSS-NavAer (http://inct-gnss-navaer.fct.unesp.br/pt/) é um dos maiores programas de Ciência e Tecnologia no Brasil e objetiva desenvolver pesquisas em controle e gerenciamento de tráfego aéreo. Aprovado em 2014, o projeto com duração de 6 anos teve início em janeiro de 2017. Diferentes instituições participam deste projeto: a UNESP câmpus Presidente Prudente que o coordena, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), a PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e o IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo) câmpus Presidente Epitácio. Outras instituições ainda colaboram com o INCT, tais como UFPR (Universidade Federal do Paraná), a própria UTFPR de Santa Helena, além das instituições que se prontificaram a colaborar na forma de permitir a instalações de equipamentos para o projeto, que são várias e se espalham por todo o país. Esse projeto recebe financiamento do CNPq, CAPES e FAPESP. Atualmente o INCT conta com 15 estações espalhadas pelo Brasil.

Estações espalhadas pelo Brasil

O posicionamento relativo é ainda o método mais utilizado para determinação de coordenadas para quem deseja boa acurácia (poucos milímetros) a partir de satélites GNSS, por exemplo, GPS (Global Positioning System). Atualmente vem ganhando bastante destaque o PPP (Posicionamento por Ponto Preciso). Para realizar o posicionamento relativo é necessário dispor de no mínimo dois receptores, sendo que um deles deve ocupar uma estação de referência com coordenadas conhecidas no referencial de interesse (SIRGAS2000, por exemplo) e o outro a estação de interesse (rover em inglês). Dentro deste contexto, a utilização de dados de redes GNSS ativas disponíveis no Brasil, tais como RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS) e a Rede INCT GNSS-NavAer, abre novas perspectivas, haja vista que o usuário dispondo de apenas um receptor poderá estar apto a realizar posicionamento relativo, pois a estação de referência poderá ser uma estação da rede ativa.

O tempo de coleta necessário para a determinação de coordenadas acuradas é relacionado com o comprimento das linhas de base (distância entre a estação e o rover). Uma vez que as estações GNSS mais próximas de Santa Helena são ITAI (Foz do Iguaçu/PR), PRCV (Casvavel/PR) e MSMN (Mundo Novo/MS), com linhas de base da ordem de 100 km, atualmente é necessário dispender aproximadamente 3 horas para o levantamento geodésico. Com a futura estação de Santa Helena (STSH), a sétima do estado do Paraná, tal tempo reduz a, no máximo, 30 minutos para linha de base de 20 km.

Futura estação de Santa Helena (STSH)

Para maiores informações e detalhes a cerca do funcionamento e potencialidades da estação GNSS, procurar o Prof. Vinícius Amadeu Stuani Pereira (vpereira@utfpr.edu.br).