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Professor publica artigo em periódico internacional

Prof. Daniel Debona é coautor de artigo sobre importante doença da soja
publicado: 11/12/2019 09h26 última modificação: 01/07/2020 11h13
Sintomas do mofo branco (a–i), severidade (j) e área da lesão (k) em folíolos de soja inoculados com Sclerotinia sclerotiorum não tratados (a–c), tratados com fosfito de manganês (d–f) ou fluazinam (g–i).

Sintomas do mofo branco (a–i), severidade (j) e área da lesão (k) em folíolos de soja inoculados com Sclerotinia sclerotiorum não tratados (a–c), tratados com fosfito de manganês (d–f) ou fluazinam (g–i).

O mofo branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, é uma das doenças mais importantes da cultura da soja. De acordo com o Prof. Debona, cerca de ⅓ da área de soja brasileira está infestada com o fungo. “O fungo forma uma estrutura de resistência, denominada escleródio, que pode sobreviver no solo por longo período. Além disso, S. sclerotiorum infecta mais de 400 espécies de plantas, incluindo o algodoeiro, a batateira, o feijoeiro, o girassol, o tomateiro, dificultando o controle via rotação de culturas”, destaca o Professor. O Prof. Debona ressalta que o mofo branco é favorecido por temperaturas amenas (13-20°C), fazendo com a doença normalmente seja mais importante em altitudes acima de 600m, a exemplo dos Campos Gerais do PR. Estudos recentes mostraram que para cada incremento de 10% na incidência do mofo branco ocorre redução de 172 kg/ha na produtividade da soja, evidenciando o seu alto potencial de dano.

Um artigo sobre o mofo branco na soja foi publicado recentemente na prestigiosa revista Acta Physiologiae Plantarum, com coautoria do Prof. Debona. O trabalho constituiu parte da Dissertação de Mestrado de Maria Izabel Costa de Novaes e foi orientado pelo Prof. Fabrício de Ávila Rodrigues, do Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Viçosa. O estudo teve como objetivo investigar o potencial do fosfito de manganês (um produto alternativo) e do fungicida fluazinam na mitigação dos danos ao aparato fotossintético induzidos pela infecção fúngica em plantas de soja.

Os resultados mostraram que o fosfito de manganês reduziu a severidade do mofo branco e aumentou a performance fotossintética em folíolos de soja infectados por S. sclerotiorum, confirmando o potencial do produto em limitar as disfunções fotossintéticas decorrentes da infecção pelo patógeno. Além disso, o fosfito de manganês inibiu o crescimento micelial do fungo bem como induziu respostas de defesa nos folíolos de soja, demonstrando seu modo de ação dual no controle da doença.

“Os resultados do estudo indicam o potencial do fosfito de manganês para ser incorporado no manejo integrado do mofo branco da soja”, conclui o Prof. Debona. O artigo pode ser conferido no seguinte link: https://link.springer.com/article/10.1007/s11738-019-2976-9