DIA 20 de março - 13:30 horas - Sala C-301 - Algumas implicações éticas, educacionais, e políticas da Computação na sociedade: O debate no Lemann Center em Stanford

A Educação e a Computação são necessariamente contraditórias, pois como todo saber ou fazer humano, se dividem entre manter o conhecimento ou transformá-lo, ou manter a sociedade ou transformá-la. Tecnologias como a Inteligência Artificial, machine learning e deep learning, embora prometam grandes resultados, não os determinam, mas também carregam importantes e difíceis implicações e desdobramentos, que passam pelo profissional, pelo ético e pelo social. Computadores trabalham com informações coletadas correntes ou armazenados. Se computamos parte do presente e do passado, por meio de algoritmos e mecanismos, como lidamos com os desdobramentos, os efeitos, os impactos, destes junto à sociedade? Como trabalhamos/construímos tais tecnologias com responsabilidade para viabilizar o futuro? Não há tecnologia neutra: todas são criadas, mantidas e expandidas por pessoas. Não há tecnologia universal, todas ficam obsoletas ou apresenta restrições de validade. A formação em Computação geralmente não propicia ou trabalha extensamente questões éticas ou de políticas públicas. Entretanto, outras áreas do conhecimento, como o Direito, as Ciências Sociais e Políticas, os estudos em Ciência, Tecnologia e Sociedade as exploraram com mais interesse, oferecerem uma compreensão mais profunda das dimensões sociais do desenvolvimento e do uso de computadores. Pretendo problematizar algumas políticas públicas em tecnologia do Brasil, que entendo não elaboram ou incorporam adequadamente questões sociais. Também comentarei como a Academia pode colaborar com um melhor emprego de recursos tecnológicos digitais na educação, tendo em conta que, potencialmente, estudantes de hoje atuarão em uma sociedade em contínua transformação. Sobre o Prof. Barbosa e Silva: Rodrigo Barbosa e Silva é pós-doutorando em Stanford, e doutor em Tecnologia e Sociedade pelo PPGTE UTFPR. Analista de sistemas e empresário, com base em Guarapuava e Curitiba, e está envolvido em plataformas brasileiras para pagamentos eletrônicos, assim como em reconhecimento facial, big data, processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina. Como mentor e ativista, se interessa e em ajudar a indústria brasileira de tecnologia em explorar os potenciais da Computação como uma ferramenta de emancipação, desenvolvimento e liberdade. Agradecidamente, Luiz merkle