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LANÇAMENTO DO LIVRO: Violência Contra a Mulher - Por que Elas Permanecem em Situação de Risco com o Parceiro Violento?

O livro é de autoria do Doutor Gilberto Gnoato, formando do PPGTE. Atualmente, ele é parecerista de revistas cientí­ficas e comentarista no programa Light News 95.1 da rádio Transamérica. É também professor univer­sitário e psicoterapeuta.
publicado: 12/07/2019 15h25 última modificação: 12/07/2019 15h45

Autor: Gilberto Gnoato

Área(s): Psicologia - Psicanálise

Sinopse: A presente obra é resultado da interlocução entre a Antropologia, a Psicanálise e a Filosofia da Linguagem, e se apresenta como saída para uma categoria específica de mulheres instruídas, politizadas e que não dependem financeiramente de seus parceiros, no entanto, permanecem sujeitadas a um relacionamento abusivo, por um longo tempo.

Trata-se de um estudo de mil casos de mulheres encarceradas pelo amor-romântico, pelas exigências da sexualidade e pela carga do machismo, entendido aqui como um discurso e uma prática que não são exclusivos dos homens. Mulheres também reproduzem o machismo. Na contramão de “Quem ama não mata”, o amor não é um sentimento que está fora da personalidade dos amantes.

Homens violentos amam de forma violenta. Mulheres tolerantes amam de forma benevolente. Ao permanecerem na relação, elas não desejam sofrer e nem denunciar o parceiro. O que elas esperam é apenas que ele deixe de ser violento. Essas mulheres não tra­duzem a humilhação e a submissão somente como uma experiên­cia dolorosa, mas sobretudo como um esforço necessário para recuperar ou manter o relacionamento. Aderem ao estereótipo cultural de “mulher-mãe”, em uma sociedade profundamente religiosa-familista e ao mesmo tempo violenta: É o país que mais mata gente no planeta. Tão difícil é para ela sair do lugar de vítima, como é para ele deixar de ser machista.

Nossa pesquisa incide sobre a violência psicológica e os motivos que levam essa mulher a escolher e a permanecer com um homem con­tundente. No Brasil, a violência já se tornou “uma forma de relação” e nós experimentamos a cada dia o violento triunfo do efeito sobre a causa.