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A arte de pascoar e o chocolate

Mensagem de Páscoa

publicado: 08/04/2023 09h51 última modificação: 08/04/2023 09h57

São diferentes histórias, com várias versões, que buscam explicar o porquê do ovo de chocolate representar a Páscoa. Uma delas diz que o coelho preso na sepultura foi o primeiro a ver Jesus ressurreto – ele deveria estar faminto, se pensarmos bem; outras vão direto ao ovo, que, aliás, não pode ser de coelho, um mamífero da ordem lagomorpha, vivíparo e não ovíparo.
Desde a crença de que a humanidade nascera de um ovo até o ovo como símbolo da fertilidade, esse zigoto (fruto da união entre o óvulo e o espermatozoide) permeia e circunda o imaginário sobre a vida, o inconsciente coletivo do nascimento – no caso, renascimento e ressurreição, e as brincadeiras de gincanas sobre cuidado e proteção (quantos já não levaram o ovo pra casa, no final de semana, com cuidado para devolvê-lo no dia certo, inteiro – com a marquinha que o professor havia feito – para ganhar pontinhos...). Os antigos presenteavam com ovos os amigos e familiares. Nas festas à deusa Ostara, na Escandinávia, o coelho e o ovo eram partícipes dos rituais, nos quais se anunciava a primavera com fecundidade (coelho) e renascimento (ovo).
O chocolate veio depois. E como deu certo a associação – com esse doce, mais ou menos doce, delicioso, trazendo o sorriso ao rosto das crianças de até 100 anos ou mais.
Enfim, de toda essa história, é o sorriso que queremos salientar. Só sorri quem está vivo e pascoar, neste dia, é celebrar essa vida. Sorrir e entender o que ela significa. Vencemos um monstro que foi o grande inverno para o ser humano na terra. Após mais de 15 milhões de mortos, da dor da saudade e da falta que nos fazem, é hora de celebrarmos a vida e reconhecermos que, mesmo tênue, frágil e passageira, é o que há de mais belo.
Vamos, então, pascoar!

Marcos Schiefler Filho, reitor da UTFPR, e equipe diretiva