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Os caminhos pedregosos da Democracia (1)

25 de outubro. Dia da Democracia no Brasil

publicado: 25/10/2023 08h02 última modificação: 25/10/2023 11h15

Por uma UTFPR  pública, gratuita, de qualidade e democrática

 

Uma pessoa de nossa equipe de gestão costuma dizer:

 - A democracia é um caminho pedregoso; e o volume dessas pedras tornam o caminhar mais lento do que o que gostaríamos. Mas tentar atalhar, pegar asfaltos confortáveis, leva os governantes/administradores ao penhasco da injustiça, onde se sacrifica aqueles de quem deveríamos cuidar.

 

Em memória ao assassinato do jornalista Vladimir Herzog, hoje comemoramos o Dia da Democracia no Brasil. Neste mês também foi comemorado o Dia da Democracia no mundo e publicamos aqui, nesta página, uma reflexão que trazia a história dessa data em nosso país e marca do processo e lançamento da Constituição Cidadã, de 1988, que instituímos a ela. Mas democracia ultrapassa a estrutura macro dos governos federais e locais; ela se estende às instituições e sua construção é diária, pisando em pedras, abrindo caminhos; não se restringe a eleições, mas deve ir além, promovendo a participação de toda a comunidade, interna e externa.

 

Esse é o desafio pelo qual temos nos dedicado em nossa Universidade.

 

Gestão

Nos últimos anos, a gestão da UTFPR tem proposto um caminhar conjunto em diferentes aspectos, na trilha da democracia; no âmbito administrativo, houve uma intensificação nas reuniões com os diretores-gerais dos campi, no sentido de, abertamente, compartilhar as situações financeiras e administrativas e contar com as experiências dos gestores em cada realidade diversa, para direcionamento das ações conforme a necessidade da comunidade.

 Também, buscando transparência nos processos eletivos da Universidade – reitor e diretores-gerais – nas últimas eleições (2021), a UTFPR transferiu às entidades representativas da comunidade interna a responsabilidade de coordenar todo o processo; assim, sindicatos de docentes e técnicos-administrativos se unem ao Diretório Central de Estudantes (DCE) para o  planejamento e execução das votações. Assim também, como participantes da Comissão de Autonomia da Andifes, formulamos a proposta aprovada em primeira instância para a “queda” da lista tríplice (matéria publicada nesta seção, nesta semana).

 Manter canais de comunicação com a comunidade é outro fator obrigatório na democracia e a gestão tem observado isso. A Ouvidoria tem trabalhado incansavelmente para atender a contento todas as demandas; nas redes sociais oficiais, nossos servidores têm respondido às questões em 24 horas – apesar de contarmos com o menor número de técnicos-administrativos por estrutura das Universidades Federais (ampliar esse quadro tem sido a prioridade da Reitoria da Instituição, insistindo com os órgãos responsáveis para sanarem nossa necessidade).

 

Docentes, técnicos administrativos e estudantes

Os diferentes atores sociais da UTFPR também têm se mobilizado, pois democracia é contar com todos em prol ao bem comum; no início deste ano, recebemos a representação docente (Sindutf), apresentando questões relacionadas ao adoecimento por excesso de trabalho dos nossos professores; imediatamente foi formada a comissão de combate ao karoshi (palavra japonesa que significa morte por trabalho), que tem buscado soluções para atacar as causas do problema.

 Em seguida, os técnicos-administrativos, via seu sindicato, também apresentaram as necessidades da categoria. Dentre elas, o Regulamento de Atuação Docente (RIADD), que, após o empenho de duas comissões e contribuições da comunidade (houve uma consulta pública para os servidores de todos os treze campi; das 500 contribuições, 198 foram adicionadas ao documento). A proposta foi aprovada pelo Conselho Universitário (Couni).

 Por fim, também os estudantes, organizados, trouxeram suas reivindicações – em uma reunião de quase quatro horas, o DCE apresentou demandas e se colocou ao lado da gestão da Reitoria para resolverem os problemas concernentes aos discentes.

 

Esses são alguns passos, realizados pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná – discentes, docentes e técnicos administrativos junto à gestão – nessa caminhada íngreme, difícil, pesada por vezes, mas admiravelmente compensadora e partícipe do compromisso de cumprirmos nosso dever como cidadãos brasileiros. Na próxima parte deste artigo, vamos trazer novos elementos dessa composição. Dentre eles, os desafios de, em uma democracia, garantirmos o direito à reivindicação e, na mesma medida, conscientizarmos a comunidade quanto ao perigo das “fake news”, isto é mentiras que circulam pela internet; a guerra contra esse fenômeno, que vem desafiando o esforço democrático, é internacional, e a UTFPR está unida a essa diligência. Lembrando: em momentos de dúvida, é importante sempre verificar nas fontes oficiais.

 

 

Marcos Schiefler e equipe gestora da UTFPR