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Para sermos livres

Dia da Consciência Negra

publicado: 19/11/2022 19h52 última modificação: 20/11/2022 20h23
O dia da consciência negra é um convite à reflexão. Institucionalmente falando, em 1888, houve a assinatura da lei de “libertação dos escravos”; a lei não resolveu, porém, o problema trabalhista de compensação dos trabalhadores até então escravizados, sem garantir quaisquer direitos ou condições de vida digna aos que deixavam as senzalas (no geral, porões ou espaços inóspitos, em que dezenas de pessoas se amontoavam para dormir) e iniciavam uma nova caminhada. Essa falha legal trouxe consequências à população, que carregamos até hoje.
O destaque que propomos aqui, porém, são de outros aspectos não alcançados pela lei. A lei Áurea não libertou os preconceituosos da prisão ignóbil de seus preconceitos, em que classificam seres humanos pela cor da pele; também a lei da princesa não teve poder de libertar os perversos, malvados, violentos, ignorantes, que acreditam serem melhores que outros a ponto de agredir, violentar, matar, xingar, desrespeitar. Os dados da organização Geledés (geledes.org.br), que se dedica a pesquisar e denunciar racismo no Brasil, são estarrecedores: professoras chamadas de “macacas”; esportistas ofendendo e ofendidos por sua cor; assassinatos sistemáticos aos jovens negros.
Quisera que uma lei desse conta de libertar nossa população desses males. Mas não dá. Somente uma educação humanista, que objetive a formação de consciência da sociedade em que vivemos, é nossa esperança. Como Universidade, que se tornou um espaço muito melhor e mais representativo após a reparação histórica das cotas para negros, esse objetivo é nossa meta e, por ela, seguiremos trabalhando com afinco e determinação.
Juntos, vamos alcançá-la.
Marcos Schiefler Filho, reitor, e equipe diretiva da UTFPR