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Projeto de pesquisa desenvolvido no PPGEA resulta em patente de invenção
publicado: 22/05/2018 15h38 última modificação: 22/05/2018 15h38

Um projeto de pesquisa desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (PPGEA), realizado em parceria pelo Câmpus Apucarana e Londrina da UTFPR, resultou em mais uma patente de invenção para a Instituição. Essa é primeira patente do PPGEA e a terceira do Laboratório de Química de Materiais e Tecnologias Sustentáveis (LAQMATS) nos últimos dois anos. O depósito de patente BR 10 2018 009512 9 de 10/05/2018 possui como depositante titular e único a UTFPR e os responsáveis pela pesquisa como inventores.

Segundo os responsáveis pela pesquisa, durante o desenvolvimento da dissertação de mestrado do discente Alexandre Amado, sob a orientação do professor Alesandro Bail e co-orientação do professor Murilo Moisés, o grupo vislumbrou a possibilidade de substituição parcial do cimento por resíduo oriundo do corte de chapas de vidro temperado. "A substituição parcial do cimento possibilita vantagens ambientais e econômicas, e não altera as propriedades mecânicas básicas, como exemplo, a resistência à compressão, uma vez que a composição química do vidro estudado possui semelhanças à composição química do cimento", explicam.

Esse tipo de depósito de patente possibilita que a UTFPR divulgue o conhecimento gerado, e que empresas possam vir a explorá-lo, revertendo, consequentemente, parte do seu lucro para a Universidade na forma de royalties, os quais podem ser aplicados para vários fins no câmpus. "Nesse sentido, o LAQMATS possui interesse em parcerias Universidade-Indústria para o desenvolvimento de pesquisa tecnológica, entendendo que essa é uma forma alternativa e promissora de captação de recursos para fomento de pesquisa no ambiente acadêmico", afirma o professor Alesandro.

A dissertação do discente Alexandre Amado, intitulada “Avaliação de Argamassa com Substituição Parcial do Cimento por Resíduos Industriais”, está na fase de qualificação e possui ainda, cerca de dez meses para ser concluída. Além do resíduo de vidro, o discente ainda avaliou a substituição parcial do cimento por cinza do bagaço de cana-de-açúcar, rica em óxido de silício, e os resultados serão apresentados no documento final e submetidos à avaliação de uma banca examinadora. O Grupo almeja, ainda, a inserção de outros resíduos industriais na composição da argamassa e a avaliação das propriedades mecânicas e de outras propriedades de interesse.

De acordo com o grupo, atualmente está sendo feito um levantamento das empresas geradoras desse tipo de resíduo de vidro na região de Apucarana e no Brasil, além de novas análises químicas para que seja compreendido o real potencial de uso desse tipo de material alternativo.