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'Super-telescópio' é utilizado na UTFPR de Apucarana

Instrumento mostra detalhes dos astros e fenômenos especiais e está disponível para a comunidade
publicado: 31/10/2023 09h28 última modificação: 31/10/2023 09h28

Sejam os fenômenos astronômicos, como um eclipse solar e uma chuva de meteoros, ou os astros, como a Lua, o Sol e os planetas, o que se encontra no universo atiça a curiosidade de grande parte das pessoas. Em Apucarana, no campus da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), a comunidade consegue observar os detalhes através de um potente telescópio que está inserido em projetos liderados por professores universitários.

Um investimento de R$ 18 mil feito pelo Governo Federal no ano de 2010, o telescópio, modelo CPC 8, é computadorizado com GPS da Celestron. Segundo professor de Física e Astronomia, Rogers Caparroz, o objetivo da universidade ao adquirir o instrumento foi para a divulgação científica e, consequentemente, estimular o interesse da comunidade pelo assunto. Com a chegada do equipamento, projetos começaram a se desenvolver.

"Atualmente, nós temos três projetos. Um que é o 'Astronomia Para Todos', que é aberto para a comunidade externa e interna. Ele vai voltar ano que vem e geralmente acontece às quartas. Nós temos também um projeto de ensino de astronomia para escoteiros, que é uma parceria que fazemos com o grupo Dom Bosco, e temos um outro que é junto com outros professores do campus, em que fazemos capacitação aos alunos [do ensino fundamental e médio] para as Olimpíadas Brasileiras de Astronomia", explicou Rogers.

Outro educador acadêmico envolvido com o telescópio é o professor de Engenharia da Computação, Muriel de Souza Godoi. Ele conta que é possível observar detalhes de astros com o potente objeto da UTFPR.

"É um telescópio de oito polegadas, o espelho é de 20 cm, e tem uma distância focal de 2 mil mm. Então, dá para conseguir uma aproximação, com qualidade, de até 400 vezes. Isso é suficiente para ver tranquilamente detalhes das crateras da Lua, os planetas maiores do Sistema Solar, por exemplo, a gente consegue ver Júpiter com as faixas equatoriais em cores separadas, mais amarronzadas, a grande mancha vermelha, que tem três vezes o tamanho da terra, é possível de se observar", disse o professor.

Mas não é tudo que a comunidade consegue observar apenas indo à universidade e olhando rápido pela lente. Através da Astrofotografia, o professor Muriel passa horas com o telescópio, utilizando técnicas de empilhamento de diversas fotos de longa exposição, para conseguir belas imagens, como as chamadas Nebulosa Eta Carinae e a Nebulosa de Órion.

"São fotos de longo período de exposição que duram normalmente no mínimo 30 segundos, às vezes até 5 minutos uma única foto. E são feitas 30, 40 fotos, às vezes é uma noite inteira de capturas para obter uma única imagem. São aquelas fotos onde você consegue ver nuvens coloridas que a Nasa divulga, normalmente são nebulosas. Galáxias também são feitas dessa maneira. A gente costuma falar que são objetos do céu profundo", contou.

Os professores ressaltam que o telescópio está disponível para a comunidade. "O propósito inicial desse projeto foi justamente nessa área de divulgação científica e abrir à comunidade. Então os colégios que quiserem fazer uma sessão de observação e receber palestra sobre algum tema de astronomia, entre em contato com a gente através do Instagram da universidade e nós agendamos algum dia que seja propício para os dois lados", convida o professor Rogers.

 

Fonte: TN Online