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AFROGRAFIAS
Nesta segunda-feira, dia 08 de maio, chegou à UTFPR de Campo Mourão a exposição Afrografias localizada no Hall da Biblioteca (Bloco D).
O Projeto de Extensão da UTFPR “Compartilhando Conhecimentos e Ações”, idealizado pela Professora Dra Adriana Fontes, tem como membro a aluna Tatiana da Silva Gonçalves, também membro da equipe organizadora da exposição, que viabilizou a vinda dessa exposição para a universidade.
O Projeto Itinerante é coordenado pelo Núcleo de Relações Étnico-Raciais (NERA), que compõe o Centro de Educação em Direitos Humanos (CEDH), em parceria com a Pró-Reitoria de Políticas Estudantis (PROPEDH).
A coordenação do Núcleo e também do Projeto, é feita pela Dra. Valdete Coqueiro dos Santos, docente do colegiado de Matemática da UNESPAR Campo Mourão juntamente com a equipe organizadora, composta pelos seguintes integrantes:
- Ana Maria Soares Zukoski – Egressa da Unespar e Doutoranda em Letras (Uem);
- Jean Pablo Guimarães Rossi – Doutorando em Educação (Uem), docente do curso de Geografia e Coordenador do CEDH Campo Mourão;
- Lucas Alexandre de Lima – Graduando em História (Unespar) e Coordenador do DCE Campo Mourão;
- Mirian Cardoso da Silva – Egressa da Unespar e Doutoranda em Letras (Uem);
- Tatiana da Silva Gonçalves – Graduanda em Engenharia Ambiental (UTFPR, Campo Mourão);
- Wilma dos Santos Coqueiro – Doutora em Letras (Uem), docente do curso de graduação em Letras Inglês-Português e do curso de pós-graduação em Sociedade e Desenvolvimento (PPGSeD)
A exposição vem como uma oportunidade de promoção de cultura ao colegiado docente e discente da UTFPR Campo Mourão.
A cultura é uma ferramenta de emancipação de diversos grupos culturais e sociais, fortalecimento da identidade e sobretudo de informação e promoção de novos olhares e reflexões à população.
A migração forçada de negros e negras no período da escravidão no Brasil também contribuiu para a composição étnica da população paranaense. Atualmente, cerca de 24,5% da população do estado é negra. Esse fato torna o Paraná o estado com a maior população negra da região Sul do país. O legado cultural dos negros para o estado é inegável e imensurável e em contra partida sabe-se do apagamento social dessas pessoas, uma vez que o estado possui também cerca de 90 Quilombos, comunidades formadas por descendentes de escravizados que até hoje carregam consigo uma identidade cultural muito forte mas que não chegam ao conhecimento e acesso da população mourãoense.
A exposição traz nesse sentido o resgate da auto estima e dá visibilidade às pessoas negras nas mais diversas profissões, bem como uma forma de resistência. “Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista” já diria a filósofa, professora e socióloga Angela Davis.
Essa exposição fica no campus até segunda-feira dia 15/05.