Notícias
Emílias incentiva a presença de mulheres na computação
EXTENSÃO
O programa de extensão Emílias: armação em bits completa dez anos de atividades em 2023. Desde o começo, o objetivo é atrair e manter as mulheres na computação. “As atividades eram realizadas para as alunas do último ano do ensino médio de escola pública, hoje estamos trabalhando também com alunas do ensino fundamental”, conta a professora Maria Cláudia Emer, professora do Departamento Acadêmico de Informática (DAINF) e integrante do programa.
O projeto se transformou em um Programa de Extensão com dois projetos associados: o Emílias Oficinas nas Escolas e o Emílias Podcast, coordenados pelas professoras Maria Cláudia e Mariângela Setti e pelo professor Adolfo Neto, todos do DAINF.
Entre as atividades das integrantes, estão a acolhida às calouras, palestras, mesas redondas e oficinas. “Alguns eventos são realizados todos os anos, como o Dia Internacional da Mulher, e o Ada Lovelace Day, em outubro, para celebrar as conquistas das mulheres de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática”, diz a professora Maria Cláudia.
Além dessas realizações, focadas no ambiente interno da UTFPR, as Emílias também agem nas comunidades externas. “Nas escolas, realizamos palestras para apresentar os cursos de computação e a universidade pública e gratuita, como opções de futuro para as estudantes”, esclarece a professora Maria. “Também realizamos gincanas e circuitos de jogos, que denominamos Jogos com as Cientistas, porque eles incentivam a conhecer o que cientistas de diversas áreas fizeram. Realizamos oficinas desplugadas, sem o uso do computador, e também oficinas com ferramentas computacionais”, completa.
Ao longo dos anos, a recepção à presença das mulheres na computação mudou. “Hoje existem várias empresas, indústrias e instituições acadêmicas, públicas e privadas, buscando a inclusão de gênero em seus quadros e criando grupos para discutirem essa temática com o intuito de desenvolver políticas inclusivas nessas organizações”, afirma a professora Maria Cláudia. “No entanto, sabemos que ainda levará um tempo para alcançarmos a equidade de gênero almejada, mas com as ações, em diferentes nichos da sociedade, estamos trabalhando para isso”.
Próximos passos
Atualmente, o projeto Emílias participa do projeto Women in Science: UK-Brazil Gender Equality Partnerships, financiado pelo British Council, com a Universidade de Essex, do Reino Unido e outras universidades brasileiras. “Esse projeto tem por objetivo influenciar o desenvolvimento de políticas e práticas institucionais para promoção da equidade de gênero nas ciências, tecnologia, ensino superior e instituições de Pesquisa no Brasil”, explica Maria Cláudia.
Meninas Digitais
Há dez anos o Projeto Emílias é parceiro do Programa Meninas Digitais, vinculado à Sociedade Brasileira de Computação (SBC). Segundo Maria Cláudia, “o Meninas Digitais divulga a computação para despertar o interesse das estudantes no ensino médio e nos anos finais do ensino fundamental, para que elas conheçam melhor a área e sintam-se motivadas em seguir uma carreira na computação”.
Serviço