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Estudante da UTFPR-CT conquista prêmio em competição austríaca
ORGULHO
Daniel dos Santos Salles, estudante de Engenharia da Computação da UTFPR Curitiba, alcançou o segundo lugar na competição Hackathon Samba Meets Waltz, que ocorreu nos dias 2 e 3 de setembro. O evento de tecnologia e inovação sustentável foi promovido pela Câmara de Economia Austríaca em parceria com a Hackathon Brasil e empresas de microeletrônica da Áustria.
Durante a competição, os inscritos colaboraram na elaboração de projetos inovadores para solucionar desafios reais, criando uma plataforma de intercâmbio cultural e de conhecimento com consequências no desenvolvimento acadêmico, pessoal e profissional dos participantes.
A equipe de Daniel participou do desafio de soluções de mobilidade inteligente para transporte sustentável e propôs a utilização de dispositivos IoT (Internet das coisas) e Inteligência Artificial para coleta de dados e classificação a fim de diminuir o estresse em caminhoneiros e melhorar a qualidade de vida desses profissionais. A IoT é uma rede coletiva de dispositivos conectados com tecnologia para facilitar a comunicação entre esses dispositivos e a nuvem.
“A gente chamou a solução de 'stress-free cabin' (cabine livre de estresse, em tradução literal). Ela começa a partir de uma cabine de caminhão mesmo, a gente usa sensores de sinais essenciais para classificar situações de estresse e risco para o motorista. Para fazer de forma não intrusiva, usamos um sensor vestível no pulso para medir o batimento cardíaco, a temperatura e o nível de oxigenação no sangue do profissional. Na cabine também temos um sensor de movimento nos pedais e volante, para coletar informações do comportamento do motorista, como freadas bruscas e movimento errático. Esses dados são canalizados pela IoT e agregados a uma plataforma analítica onde o contratante do motorista consegue ter uma visão geral da frota” explicou Daniel.
Para o estudante, a ideia central da stress-free cabin é mostrar aos contratantes a realidade dos motoristas, especialmente os fatores de risco da profissão, e propor uma maneira de melhorar a qualidade de vida desses profissionais já que esse é o principal motivo para a pouca oferta de mão-de-obra nesse ramo na Áustria.
Para avaliar a solução da equipe de Daniel, uma banca composta por engenheiros e empreendedores da Áustria julgou o projeto com base na viabilidade técnica e econômica e no protótipo apresentado. Com o segundo lugar no desafio, a equipe ganhou R$ 3,5 mil e a chance de participar de processos seletivos exclusivos para as maiores empresas de microeletrônica da Áustria. Daniel, que está no 10º período da graduação, disse que já tem encontro marcado com uma das empresas.