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Aluna do curso de Engenharia de Controle e Automação tem artigo aprovado em Congressos Internacionais

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O estudo analisa a neutralização do carbono, considerada relevante para a indústria automotiva nacional
publicado: 31/05/2022 21h48 última modificação: 03/11/2022 12h12
A pesquisa da estudante Caroline leva em consideração 3 pilares: Biocombustíveis, Frota e Tecnologias. (Imagem: Ascom-CT)

A pesquisa da estudante Caroline leva em consideração 3 pilares: Biocombustíveis, Frota e Tecnologias. (Imagem: Ascom-CT)

Caroline Zanata Pereira, aluna do curso de Engenharia de Controle e Automação do campus Curitiba, criou uma ferramenta de simulação que, por meio de gráficos, apresenta as tendências de Frota, Biocombustíveis e Tecnologias com possibilidade de atingir a neutralidade de carbono em 2050. O artigo está previsto para ser publicado em agosto de 2022.

O trabalho foi apresentado em uma Palestra no “Seminário Frotas & Fretes Verdes 2021”, ministrada pelo Damian Moretti (Gerente Geral de Engenharia), e no Congresso Internacional de Mobilidade (MOBISUL IV), em Florianópolis-SC, ministrado pelo Murilo Ortolan (Coordenador de Projetos de Engenharia Mecânica). Também foi submetido para a publicação no Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva (SIMEA). O estudo foi de extremo interesse para indústria automotiva nacional, afinal não havia estudos aprofundados sobre o tema de neutralização do carbono, muito menos simulações de tendências de como a indústria automotiva do Brasil pode seguir investindo para atingir as metas de 2050.

A importância do artigo é trazer uma pesquisa preliminar focada no poço-à-roda para veículos automotores, por meio de dados e informações públicas disponibilizados pelos órgãos competentes. Além disso, reflete com formulações matemáticas e cenários hipotéticos, o que a indústria de veículos de passeio precisaria aplicar para atingir a neutralidade de carbono no seu segmento.

De acordo com o estudo da estudante de engenharia, os transportes no Brasil contribuem com 9% de toda a emissão de carbono. Por isso, é necessário que a indústria automotiva tenha um caminho para traçar, diminuindo as emissões para atingir a neutralidade em 2050. Com o intuito de alcançar esse objetivo é imprescindível que haja novas políticas públicas para orientar a indústria automotiva brasileira.

Caroline Zapata conta que em um ano evoluiu muito profissionalmente: "Desde quando comecei a estagiar, em maio de 2021, senti que a montadora fornece autonomia ao estagiário. No ingresso dos estagiários, eles se deparam com um programa chamado Job Rotation que, em uma das etapas do programa, traz o Desafio Individual. Foi a partir desse desafio que tive a oportunidade de desenvolver, juntamente com a minha equipe, um estudo de extremo significado para a indústria automotiva brasileira. No início de 2022 fizemos o artigo para a divulgação e fomentação do estudo nas indústrias e no âmbito governamental. Fico muito feliz em ter contribuído neste trabalho, que é relevante para o Brasil”, conta ela.

Conheça o estudo

Com o objetivo de atenuar os efeitos das mudanças climáticas na Terra, em 2015, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, foram estabelecidos compromissos para avançar rumo à neutralidade de carbono ainda neste século.

As emissões de dióxido de carbono (CO2) são uma das principais causas das mudanças climáticas. O CO2, junto com outros gases do efeito estufa (GEE), aprisiona a radiação solar e reaquece a superfície terrestre. O efeito estufa é um fenômeno natural e essencial para a vida no planeta Terra, ele proporciona a manutenção da temperatura média do planeta. Entretanto, com o advento da Revolução Industrial, a queima de combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás natural, potencializaram este efeito e o aumento da temperatura, gerando o aquecimento global e podendo levar a eventos catastróficos como secas mais frequentes e intensas, tempestades e ondas de calor extremas, subidas do nível dos mares, degelo de geleiras, perda de biodiversidade e vários prejuízos na vida das pessoas, chegando a provocar, inclusive, migrações climáticas

Conforme a pesquisa, a ferramenta leva em consideração três pilares: Biocombustíveis, Frota e Tecnologias. Isso porque no Brasil vivemos situações diferentes da Europa: temos muitos carros antigos circulando pela frota, isso faz com que as emissões sejam maiores, por isso há uma grande necessidade de políticas públicas para renovação. Em contrapartida temos os biocombustíveis, que emitem muito pouco carbono. É fato que precisamos aumentar o uso de biocombustíveis e há também a questão de novas tecnologias, como as vendas de carros elétricos. o estudo ainda aponta que precisamos caminhar para ter carros elétricos em 2050, não como na Europa, em que 100% da frota será de elétricos, mas podemos balancear os três pilares e ainda assim atingir a neutralidade.