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Pesquisador cria aplicativo que otimiza resgate aéreo
CIÊNCIA
Um mestrando da UTFPR Curitiba desenvolveu um aplicativo para coletar e integrar informações sobre acidentes rodoviários e pontos de apoio aéreo, visando facilitar o resgate aéreo das vítimas.
O aluno Jeferson Ghisi Costa adotou a UTFPR como base, e a partir dela alçou voos ainda mais altos. Formado Bacharel em Computação pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ele recebeu boas referências do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada (PPGCA).
"Iniciei o curso como aluno externo em uma disciplina, mas gostei tanto dos professores e das disciplinas que resolvi fazer o Exame Nacional para Ingresso na Pós-Graduação em Computação para o ingresso e, a partir daí, me dedicar totalmente ao curso, mesmo em tempos de pandemia", ele conta.
A pesquisa
A pesquisa desenvolvida por Jeferson no mestrado do PPGCA se chama "Transporte Aeromédico no atendimento a vítimas de acidentes" e tem uma relação muito próxima com a área de atuação do estudante que foi piloto da Aviação de Caça na Força Aérea Brasileira e também trabalhou por quase 30 anos no Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.
"Estas experiências me incentivaram a fazer algo pela sociedade, ou seja, usar os meus conhecimentos prévios em aviação e no tráfego aéreo para implementar uma ferramenta útil à população", diz Jeferson. "A partir de uma disciplina de banco de dados, que lidava com os acidentes rodoviários nas rodovias federais, pensei em desenvolver um aplicativo que pudesse integrar esses acidentes, os pontos de apoio aéreo para o transporte aeromédico e os hospitais para o atendimento às vítimas no Estado do Paraná", ele explica.
Jeferson esclarece o funcionamento do aplicativo, "ao receber as coordenadas geográficas de um acidente, ele aponta seis locais como origem do helicóptero para o salvamento, em ordem de prioridade, priorizando os locais mais próximos. Na prática, podem não haver helicópteros disponíveis em todos estes locais, além de outras condições de operação (meteorologia, médicos e socorristas disponíveis, dentre outras). Portanto, a escolha final é definida por um gerente ou mediador, que tem todos os dados e contatos disponíveis para atuar com maior presteza e segurança. A escolha do hospital destino segue a mesma lógica".
A pesquisa de Jeferson também abordou estudos de caso, como na aplicação de um protótipo do aplicativo. "Um caso interessante foi na apresentação de um protótipo ao pessoal do Batalhão da Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), quando foram escolhidos pelo algoritmo um determinado ponto de apoio, uma rota aérea e um hospital, e os pilotos e médicos da equipe confirmaram que eram exatamente aqueles meios os ideias para o atendimento àquela ocorrência", finaliza o pesquisador.