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Projeto NAPI em Emergência Climática elabora soluções para crise climática atuando na Vila Torres

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Graduandos e pós-graduandos da UTFPR atuaram para promover conscientização na comunidade
publicado: 19/12/2023 12h33 última modificação: 20/12/2023 12h57
Projeto realizado pelo NAPI em parceria com a UTFPR e a Defesa Civil de Curitiba promove letramento climático. (foto: divulgação)

Projeto realizado pelo NAPI em parceria com a UTFPR e a Defesa Civil de Curitiba promove letramento climático. (foto: divulgação)

Graduandos e pós-graduandos da UTFPR-CT encerraram o ano de 2023 apresentando a líderes comunitários da Vila Torres soluções para o enfrentamento da crise climática em comunidades vulneráveis, em parceria com o projeto Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPI) em Emergência Climática. Coordenada pelo professor Eloy Casagrande, a parceria entre NAPI e UTFPR tem como objetivo estudar as mudanças climáticas e seus impactos em nosso estado. Também foram desenvolvidas ações de educação climática junto à comunidade.

O NAPI em Emergência Climática é promovido pela Fundação Araucária em parceria com diversas universidades, entre elas a UTFPR, por meio do campus Curitiba. O objetivo do projeto é desenvolver e fomentar estudos que avaliem os impactos das mudanças climáticas no Paraná, assim como encontrar soluções para eventuais problemas socioambientais. O eixo de atuação do NAPI que se concentra na UTFPR-CT é a educação climática.

Neste final de ano, dois projetos do NAPI que abordam o tema da educação climática contaram com a participação de pós-graduandos do Grupo de Pesquisa TEMA - Tecnologia e Meio Ambiente, do Programa de Pós Graduação em Tecnologia e Sociedade (PPGTE), assim como bolsistas do NAPI em Emergência Climática e alunos da graduação do Curso de Design da UTFPR. A área escolhida para execução das atividades foi a Vila Torres, no Prado Velho, em Curitiba. O professor Eloy explica que “nos aproximamos da Vila Torres, uma comunidade carente, vulnerável, pois existem vários estudos demonstrando que quem vai ser mais atingido pelos eventos climáticos extremos são as populações que vivem em áreas mais pobres”.  

Letramento Climático nas escolas

Um desses projetos é o liderado por Patrícia Peralta, bolsista de pós-doutorado no projeto, que buscou, por meio de visitas à Vila Torres e conversas com a comunidade, tomar conhecimento das reais necessidades das pessoas e elaborar estratégias para auxiliá-las. Após esse período de reconhecimento, um projeto de Letramento Climático foi desenvolvido junto a crianças da Organização de Desenvolvimento de Potencial Humano (ODPH), no qual trabalhou-se de forma lúdica, por meio de quebra-cabeças e caça-palavras, os problemas climáticos. Em 2024, esse mesmo grupo pretende fazer trabalhos externos com as crianças e conduzir um programa de educação climática com suas famílias e membros da comunidade.

Comunicação em defesa da comunidade

Outro projeto desenvolvido com o NAPI foi conduzido pela professora Eunice Liu, do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial (DADIN), na disciplina de Projeto de Sistema Visual, em parceria com a Defesa Civil. O grupo envolvido na iniciativa trabalhou com material de comunicação visual para informação e educação voltada para a comunidade de Vila Torres, que enfrenta problemas com os eventos climáticos extremos. O coordenador de Proteção e Defesa Civil de Curitiba, Nelson de Lima Ribeiro, e o chefe da Divisão de Prevenção da Defesa Civil de Curitiba, Cristiano Ferreira Gozdecki, "participaram do desenrolar do projeto com grandes contribuições", conta a professora. Eunice explica que a importância da integração dos estudantes com as comunidades se dá pois “o Design é experiência social, é a forma de comunicação que vincula o cidadão ao outro, um ser humano ao outro, no ambiente urbano”. Foram desenvolvidas propostas de como as informações podem alcançar esta população, de uma maneira simples e direta. Também foram elaborados manuais de ação e de aplicação do material nos equipamentos urbanos da cidade.

No dia 13 de dezembro, as propostas elaboradas pelos projetos foram apresentadas à comunidade numa reunião na Paróquia Católica, liderada pelo padre redentorista Joaquim Parron juntamente com a Defesa Civil e com a presença de líderes comunitários e voluntários que atuam em projetos socioambientais da Vila Torres.

 Para o ano de 2024, será desenvolvido na Vila, juntamente com a Defesa Civil, o projeto "Famílias Resilientes". O objetivo é preparar as populações que sofrem com inundações para que possam proteger-se caso seja necessário. De acordo com o professor Eloy Casagrande, “a Vila Torres, que é cruzada pelo rio Belém, sofre com enchentes e inundações. Isso pode se agravar com a questão das mudanças climáticas”, explica.