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Câmpus comemora 10 anos em Francisco Beltrão
publicado: 03/03/2018 10h27 última modificação: 03/03/2018 10h27
Exibir carrossel de imagens A foto mostra a estrutura física câmpus Francisco Beltrão no ano de 2015 com vista aérea.

A foto mostra a estrutura física câmpus Francisco Beltrão no ano de 2015 com vista aérea.

No sábado, três de março, a UTFPR completa dez anos de atividades em Francisco Beltrão. Ao longo de uma década a universidade vem contribuindo para a formação técnica e humanística de inúmeros jovens, além de contribuir significativamente para o crescimento do município.

Atualmente o câmpus oferta 176 vagas semestrais distribuídas entre os cursos de graduação em Engenharia Ambiental, Engenharia de Alimentos, Engenharia Química e Licenciatura em Informática. A universidade ainda oferta vagas para o curso de mestrado em Tecnologia de Alimentos (em uma parceria com o câmpus Lodrina) e em Engenharia Ambiental. Em nível de especialização lato sensu há turmas de Métodos Matemáticos Aplicados e Engenharia de Produção.

“Recebemos alunos do Brasil inteiro que vêm em busca do ensino público e de qualidade que ofertamos. Estamos honrados em fazer parte da formação de tantos jovens que sempre levam, além de todo o aprendizado acadêmico, um aprendizado de vida, já que por vezes, ficam longe de seus pais e encontram nos colegas e servidores o apoio que precisam”, conta o diretor-geral da UTFPR Alexandre Alfaro.

A formanda em Engenharia Ambiental, Raoana Ribeiro, de 24 anos, veio de Belém do Pará estudar na UTFPR. “Ingressei por meio do Sisu e na hora que vi o resultado passou um filme na minha cabeça seguido de diversos questionamentos como: onde vou morar? Como vou me sustentar? Será que vou conseguir conciliar tudo?”.  Raoana conta que estudou em período integral e trabalhava a noite “Como meu objetivo era este  o caminho não se tornou tão árduo. Bem pelo contrário, a universidade conta com diversos programas em paralelo ao ensino, nos quais os alunos podem mostrar seus talentos como esportes e apresentações culturais. O meu maior auxilio durante esta caminhada veio diretamente dos professores os quais foram minha base para o conhecimento, amizade e me fizeram ir além”, afirma a estudante que cola grau no próximo dia 09 de março e já foi aprovada no Mestrado em Engenharia Ambiental na UTFPR.

A UTFPR ainda desenvolve projetos de extensão em diversas áreas: saúde, meio ambiente, trabalho, tecnologia, produção, educação, direitos humanos, cultura e comunicação, visando integrar-se e colaborar com a comunidade. Entre as mais de 95 ações de extensão no último ano destacam-se as atividades do Coral e Orquestra da universidade; projetos como o Plantando Vida, com envolvimento das escolas do campo e busca pela preservação ambiental; projeto de qualificação das merendeiras e agricultores que fornecem para a merenda escolar; bem como o projeto de foguetes que dissemina conhecimentos básicos sobre tecnologias aeroespaciais nas escolas. A chefe do departamento de extensão, Cleusa Inês Weber, enfatiza que servidores, alunos e comunidade ganham muito com a extensão. “A comunidade, que está diretamente envolvida neste processo, tem acesso à universidade e ao conhecimento científico por meio da extensão. Como resultado, há melhorias e até mudanças de hábitos que visam transformar ou melhorar a vivência dos envolvidos” finaliza a professora.

Números e Iniciação Científica

A UTFPR possui aproximadamente 900 alunos de graduação e já entregou o diploma para mais de 130 egressos. Durante a graduação os alunos da universidade têm diversas oportunidades, como a Iniciação Científica (IC), que tem como um dos objetivos despertar a vocação científica e incentivar novos talentos entre os estudantes. Atualmente 73 alunos estão vinculados a projetos de IC.

Para o Diretor de Pesquisa e pós-graduação, Claiton Zanini Brusamarello, a iniciação científica tem um papel fundamental para o desenvolvimento do corpo discente. “Hoje não podemos mais pensar em alunos onde as informações são depositadas. Por isto, as atividades, curriculares ou não, voltadas para a solução de problemas e para o conhecimento da nossa realidade, tornam-se importantes instrumentos para a formação dos nossos estudantes. É dentro desta perspectiva que a inserção precoce do aluno de graduação em projetos de pesquisa se torna um instrumento valioso para aprimorar qualidades desejadas em um profissional de nível superior, bem como para estimular e iniciar a formação daqueles mais vocacionados para a pesquisa”, complementa o diretor.

Além da Iniciação científica propiciada aos alunos, os professores da universidade trabalham também com pesquisa que podem contribuir diretamente para criar soluções científicas, tecnológicas ou apontar caminhos

Comemorações

As ações comemorativas dos 10 anos da universidade em Francisco Beltrão acontecerão ao longo de 2018. Haverá uma Mostra Fotográfica itinerante relatando em imagens o dia a dia do câmpus. O lançamento da Mostra acontecerá no estande externo da UTFPR na Expobel, no dia 15 de março, às 18h e deverá passar por importantes pontos do município.

Ainda no dia 15 haverá uma cerimônia no anfiteatro da universidade com homenagem aos seis servidores que deram início ao câmpus e que continuam na instituição: Alessandra Machado Lunkes, Alexandre da Trindade Alfaro, Hernan Vielmo, Ivonete Terezinha Tremea Plein, João Carlos Medeiros e Vanessa Aparecida Preschlak.

Confira na íntegra uma entrevista com a professora Alessandra sobre a sua visão da universidade nestes 10 anos.

Como foi o desafio de começar o Câmpus em Francisco Beltrão? O que era mais difícil?

Alessandra - O mais difícil não foi a questão estrutural, mas pelo fato de sermos novos novos. Os maiores desafios eram os pessoais, não éramos gestores e precisávamos fazer gestão partindo do Zero. O início foi de ajuda mútua e ao mesmo tempo foi muito bom, estávamos com o campus aberto e precisávamos colocar a primeira estaca e a nossa impressão, lidar com as próprias expectativas para fazer o melhor.

Uma cena que me lembro muito bem é que a gente tinha que montar os laboratórios, mas não sabíamos, então contamos as lajotas para dividir os laboratórios de forma condizente com o que cada laboratório precisava. Pensamos no estilo de torneira, nas cubas, não tinha nem bancada. A gente tinha que pensar a longo prazo, mas ao mesmo tempo atender o imediato. Mas era bom, não tinha pressão, a gente estava muito feliz e a reitoria deu muito apoio.

Quais os principais avanços?

Alessandra - Estruturalmente é outro Câmpus. Para o grupo que iniciou o sentimento é de satisfação. É claro que a gente sabe que tem coisas para melhorar. Entendo que nos primeiros cinco anos os passos foram mais lentos, e nos últimos cinco anos os resultados começaram a aparecer, no entanto é necessário irrigar a plantinha para que não pare de crescer.

No seu ponto de vista, quais as principais contribuições da universidade para o município e região?

Alessandra - A gente faz parte do diferencial, o perfil da cidade mudou. A cidade foi recebendo atrativos, comércio, gastronomia. Aos poucos temos deixado nossa marca na cidade e atendido a região. Como educadores somos alavanca para outras instituições.

 

História

O câmpus Francisco Beltrão surgiu a partir da incorporação da estrutura física do Centro de Educação de Nível Técnico do município (Texcel) à Universidade Tecnológica Federal do Paraná, ainda no ano de 2006.

O primeiro curso a ser implantado, no início de 2008, foi Tecnologia em Alimentos. “A escolha foi em razão da significativa presença de indústrias alimentícias na região, com grande demanda de mão de obra especializada”, comentou o diretor-geral do câmpus Alexandre Alfaro, que trabalha desde a implantação como professor.

Em 2009 teve início o curso de Engenharia Ambiental e no segundo semestre de 2011 o curso de Licenciatura em Informática. Em 2013, o Câmpus recebeu autorização do Ministério da Educação, para ofertar o curso de Engenharia Química. No ano de 2014 o curso de Tecnologia em Alimentos foi transformado em Engenharia de Alimentos.

 Alfaro finaliza salientando que a UTFPR foi uma grande conquista para Francisco Beltrão. “Passados estes 10 anos a gente visualiza o quanto contribuímos para o desenvolvimento da região, temos projetos importantes que são referências no país. Temos uma formação de excelência que qualifica nossos estudantes, estes 10 primeiros anos foram de grande aprendizado e desafios”.