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Extensão
O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo e esta também é uma das fontes de renda de pequenos produtores no sudoeste do Paraná. As principais frutas cultivadas na região são ameixa, banana, melancia, laranja, uva, tangerina, caqui, figo e pêssego. Segundo dados da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná a produção de frutas ultrapassou mil toneladas no ano de 2015 em Francisco Beltrão e alguns município próximos.
A comercialização de frutas nem sempre é fácil. Além do cultivo, há todo um cuidado com o armazenamento e transporte para garantir que elas cheguem com qualidade ao consumidor. Com o intuito de desenvolver pesquisa e ajudar o pequeno produtor a evitar desperdícios e aumentar sua renda, um projeto de extensão tem levado conhecimento e tecnologia aos pequenos produtores. O projeto traz uma alternativa a mais para comercialização de frutas: as frutas desidratadas, mais conhecidas como frutas secas. A inovação fica por conta do secador solar de baixo custo que utiliza a energia solar.
O projeto foi proposto pela professora da UTFPR de Francisco Beltrão, Camila Nicola Boeri di Domenico e busca a inserção direta nas comunidades utilizando tecnologia sustentável e impulsionando a geração de renda. “Esse é um projeto que desenvolvo desde 2015, comecei como extensão, atendendo apenas três propriedades. Depois submeti ele à Umiptt (Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia), em parceria com Unioeste e Embrapa com o intuito de viabilizar o atendimento a outras propriedades. Hoje atendemos 12 agricultores”, comemora a pesquisadora.
Os feirantes que comercializam todas as terças-feiras na UTFPR foram beneficiados pelo projeto. O Biasi e a Beatriz foram os primeiros a receber o equipamento. A propriedade deles no quilômetro 30 serviu como palco para o Dia de Campo, que mostrou aos produtores o funcionamento da estuda. A Dirlei Knerek recebeu na última semana o secador. “Vou trabalhar secando chás para merenda escolar, que o pessoal da prefeitura me procurou, vou desidratar frutas também, e com certeza vai aumentar minha renda”, comemora.
Para a bolsista do projeto, a aluna do curso de Engenharia Ambiental, Lais Serafini, “o mais importante e mais gratificante é a aplicação dele para ajudar os produtores rurais da agricultura familiar, porque eu venho da agricultura familiar e eu vejo o quanto essas pessoas precisam ser reconhecidas”, afirma a estudante.
A última visita da equipe foi à propriedade de Everton Dobner para explicar o funcionamento do secador solar de baixo custo. “Toda iniciativa acompanhada por alguma instituição de ensino é fundamental para mostrar para o agricultor que há alternativas, e que com pequenos produtos é possível ter uma renda a mais garantindo a permanência na agricultura”, finalizou.