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Pesquisa no WCTI

43% da bacia do Rio Marrecas apresenta perda de solo acima da média
publicado: 06/10/2017 10h48 última modificação: 06/10/2017 13h49
Ana Paula Ranzan durante a apresentação oral de seu trabalho no IV WCTI

Ana Paula Ranzan durante a apresentação oral de seu trabalho no IV WCTI

Um trabalho apresentado na quinta-feira (06) no 4º Workshop de Ciência Tecnologia e Inovação (WCTI) promovido pela UTFPR de Francisco Beltrão aponta que a bacia do Rio Marrecas vem passando por uma importante perda de solo. O levantamento foi realizado durante seis meses e levou em conta diversos fatores como a erosividade causada pela chuva, erodibilidade do solo, fator topográfico e uso e manejo de práticas conservacionistas.

A partir de 50 amostras coletadas na bacia do rio, que abrange perímetro dos municípios de Francisco Beltrão, Marmeleiro e Flor da Serra do Sul, e analisadas nos laboratórios da universidade foi determinada a erodibilidade do solo. Além disso o estudo utilizou imagens de satélite, para determinar o fator manejo e a precipitação média mensal e anual de chuva. Já com relação a topografia foram utilizadas curvas de nível. O resultado dos trabalhos aponta que 43% da bacia apresenta perda de solo acima da média suportada para os tipos de solos existentes na bacia. De acordo com o professor Júlio Caetano Tomazoni, orientador da pesquisa, um dos fatores é que parte dos plantios na área da bacia não possuem práticas conservacionistas adequadas. “Os processos erosivos ocorrem naturalmente mas algumas ações como desmatamento, atividades agropecuária e manejo inadequado do solo podem intensificar”, destacou o professor.

Os trabalhos da aluna da Engenharia Ambiental, Ana Paula Ranzan, devem continuar por mais um ano. Na próxima etapa do estudo haverá um levantamento do tipo de cobertura de solo mais adequado para a bacia e as melhores práticas para controlar o processo erosivo. Ao final do trabalho será lançada uma carta de capacitação de uso do solo que poderá orientar tanto os órgãos públicos como os produtores durante o manejo. "Além de contribuir para a pesquisa nacional, o projeto está contribuindo muito para a minha formação, pois estou aplicando os conhecimentos obtidos ao longo do curso, aprendendo muito além do que simplesmente cursar a graduação teria me proporcionado, como a realizar a pesquisa científica. Como a engenharia ambiental tem uma área de atuação muito ampla fazer iniciação científica está me ajudando a decidir que área seguir profissionalmente", finalizou Ana Paula.