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Refúgio de vida silvestre dos campos de Palmas recebe pesquisadores que analisam integridade das águas e anfíbios
publicado: 05/09/2018 11h19 última modificação: 06/09/2018 09h59
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Juan e Rodrigo no dia de campo no Refúgio

Um grupo de pesquisadores iniciou em agosto a etapa de campo de um projeto coordenado pela UTFPR de Francisco Beltrão, que analisa a integridade das águas e anfíbios do Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas. O grupo coletou amostras de água do rio Chopim e alguns afluentes, cujas nascentes encontram-se no refúgio. O diagnóstico das análises irá determinar a qualidade da água e avaliar o teor de agroquímicos. A etapa de campo com os anfíbios busca avaliar o possível impacto da ação humana nos anfíbios e sobretudo nas espécies ameaçadas de extinção que vivem no local.

A área do Refúgio é uma unidade de conservação de proteção integral e abrange área dos municípios de Palmas e General Carneiro. A área é formada por propriedades privadas e o seu entorno tem como fonte de renda a agricultura, a qual utiliza agroquímicos que acabam poluindo o solo e as águas do refúgio. O objetivo da pesquisa intitulada “Integridade ambiental do Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas: suas águas e seus anfíbios associados”, é contribuir para a caracterização e conservação da integridade ambiental dos recursos hídricos e anfíbios associados a área e seu entorno.

A próxima etapa é a análise físico-química e microbiológica de agrotóxicos nas amostras de água. Os resultados servirão para divulgação científica e contribuirão com ações de educação ambiental. De acordo com o professor Rodrigo Lingnau “estão previstas a produção de materiais e atividades educativas para divulgar informações sobre a biodiversidade de anfíbios do refúgio, a qualidade das águas dos riachos e lagoas presentes nele e na sua redondeza. Todas as atividades são feitas junto com os gestores da Unidade de Conservação, desta forma contribuindo também na gestão do refúgio”, destacou o pesquisador

A pesquisa faz parte das propostas aprovadas na Chamada CNPq/ICMBio/FAPs denominada “Pesquisa em Unidades de Conservação da Caatinga e Mata Atlântica”, lançada em 2017 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por intermédio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e fundações estaduais de amparo à pesquisa.

Integram o projeto sete docentes do Câmpus: Rodrigo Lingnau, Ivane Benedetti Tonial e Elisangela Düsman (Departamento Acadêmico de Química e Biologia); Ana Paula de Oliveira e Juan Carlos Pokrywiecki (Departamento Acadêmico de Engenharia Química); Fernando Cesar Manosso e Ticiane Sauer Pokrywiecki (Departamento Acadêmico de Engenharia Ambiental). O projeto ainda envolve discentes de graduação e pós-graduação dos cursos ofertados na UTFPR de Francisco Beltrão.