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Resíduos Orgânicos

Câmpus trata dezessete toneladas de resíduos por ano
publicado: 25/07/2018 09h26 última modificação: 25/07/2018 10h47
Alunos do Grupo Gestor de Resíduos Sólidos trabalham na compostagem

Alunos do Grupo Gestor de Resíduos Sólidos trabalham na compostagem

A tônica ambiental está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas. A consequência das ações de cada indivíduo no meio ambiente ganha espaço nos debates. O simples ato de apagar a luz no ambiente que está em desuso, ou aquele que exige deixar o comodismo do carro de lado e optar pelo transporte público ou pela bicicleta gera um impacto positivo.

Em sintonia com a questão ambiental a UTFPR de Francisco Beltrão possui o Grupo de Gestão de Resíduos Sólidos, formado por alunos e orientado por professores da universidade. Uma das frentes de atuação do grupo é o tratamento dos resíduos gerados pelo Restaurante Universitário (RU). Atualmente 100% dos resíduos do RU viram adubo que é utilizado na jardinagem e doado para outros projetos do município. Ao ano são tratados aproximadamente 17 toneladas de resíduos gerados no preparo dos alimentos e na sobra dos pratos.

O professor Maico Chiarelotto exemplifica os malefícios da destinação incorreta.  “Temos muitos impactos negativos quando destinamos erroneamente, por exemplo, a atração de vetores. Quando disposto da maneira incorreta pode atrair insetos e transmitir doenças, além de gerar a poluição de solo, de água e de ar. E vamos além do impacto ambiental, temos o impacto social. Com o resíduo destinado corretamente podemos gerar emprego e renda”, afirma Chiarelotto.

O processo

Diariamente os funcionários terceirizados fazem a coleta do material orgânico e levam até o espaço no câmpus destinado para a Compostagem e a Vermicompostagem, que são os processos utilizados no tratamento. Após a pesagem, o material é disposto nas pilhas (nome dado devido à disposição dos resíduos em forma de pilha) e compensado com a poda de árvore. Para que o processo ocorra da maneira correta e o oxigênio interaja, às sextas-feiras é realizado o revolvimento das pilhas. Dando sequência ao tratamento, o composto passa para a vermicompostagem, onde a interação é realizada pelas minhocas. Ao final o adubo húmus de minhoca é utilizado para a jardinagem.

Para o estudante da Engenharia Ambiental, Willian Bottin, o projeto agregou também na sua formação.  “Desde que entrei na universidade fui pesquisando, entrei no projeto e me sinto realizado, vejo que quero seguir na área de resíduos sólidos. O projeto me levou a conhecer, novas áreas, novas pessoas e está agregando na minha vida profissional”, finalizou.

O início

A processo de compostagem no câmpus surgiu a partir de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no ano de 2015, realizado pelos então alunos Vagner Monzani e Maico Chiarelotto, que hoje é professor na UTFPR. “Saber que o projeto foi levado adiante ao longo dos anos e que não apenas foi conduzido, mas sim, ampliado e que tomou proporções não apenas grandes, mas boas, é extremamente gratificante e hoje retornando como professor me sinto feliz em poder contribuir novamente com o projeto”, destacou.

A área onde o resíduo é tratado também é utilizado para pesquisas científicas e tecnológicas.