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Semana da Sustentabilidade

Viver gerando a menor quantidade de resíduos é possível e requer mudanças no estilo de vida
publicado: 12/11/2019 15h26 última modificação: 31/10/2022 20h26

Você já pensou na quantidade de plástico que há em tudo que você consome diariamente? Da alimentação aos produtos de higiene, o material inventado em 1907 demora aproximadamente 200 anos para se decompor e apenas 1% por cento do resíduo plástico gerado no Brasil é reciclado. O levantamento realizado pelo Fundo Mundial para Natureza traz o Brasil como quarto maior produtor de lixo plástico no mundo (com mais de 11 milhões de toneladas por ano).

O câmpus Francisco Beltrão da UTFPR já adota há aproximadamente quatro anos medidas para evitar o consumo do material na instituição. Entre elas a adoção de copos reutilizáveis e a extinção dos copos descartáveis. “A mudança veio aos poucos e hoje deixamos de utilizar cerca de 4.700 copos no mês levando em consideração apenas as refeições servidas no nosso restaurante, sem contar o que cada aluno, servidor ou visitante utilizaria durante o dia para beber”, afirma o diretor-geral, Alexandre Alfaro.

A relação entre resíduos e meio ambiente foi tema da palestra “Lixo Zero” durante a Semana da Sustentabilidade na universidade. Durante o evento Naimara Vieira do Prado, que é professora do câmpus Francisco Beltrão, compartilhou a sua experiência em viver gerando a menor quantidade possível de resíduos.

Decidida a rever as suas ações ela fez uma mudança total de estilo de vida em prol do meio ambiente e optou por adotar hábitos que visam gerar a menor quantidade possível de resíduos.

A mudança começou pela quantidade de peças no guarda-roupas, passou pela alimentação e chegou ao plástico. Ao compartilhar sua experiência durante a palestra ela motivou os participantes a buscarem sempre o que é mais sustentável. “É preciso sim pensar no meio ambiente, mas também adotar mudanças que caibam no seu dia a dia. Você precisa se propor a fazer algo que realmente consiga fazer. Não existe o certo ou o errado mas o que causa o menor impacto possível”, afirma Naimara.

A professora passou a produzir seus próprios produtos de limpeza, como sabão, sabonete e desinfetante. Quando precisa comprar o que não produz em casa e que seja embalado em plástico ela opta por embalagens maiores já que elas têm uma maior probabilidade de serem recicladas. “Não é porque um produto tem potencial para ser reciclável que ele de fato será. Por isso é importante conhecer como é o processo de reciclagem. Uma embalagem pequena de shampoo, por exemplo, pode cair do caminhão quando a empresa passa recolhendo os materiais do saco amarelo ou passar despercebido na esteira que é utilizada no momento de segregar o material”, esclarece.

Outras atitudes como levar a própria sacola de tecido ao supermercado (mesmo para comprar frutas e hortaliças), fazer compostagem dos resíduos orgânicos e buscar empresas responsáveis no quesito socioambientais ajudam na preservação do meio ambiente. “Eu escuto de muitas pessoas que as minhas atitudes não vão impactar na questão, mas se cada um fizer um pouquinho daquilo que está ao seu alcance, esse pouquinho pode sim impactar”, reitera.

Ao encerrar sua palestra a professora, que sempre tem consigo um copo e talheres reutilizáveis (para evitar os embalados individualmente em saquinhos nos restaurantes), comentou que “mostrar aos empresários a preocupação com o meio em que vivemos é importante para que eles também percebam que nós estamos mudando e que eles precisam se adaptar em produzir e oferecer serviços sustentáveis”, finaliza Naimara.