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Sustentabilidade e desenvolvimento
Um trabalho desenvolvido por pesquisadores de órgãos que integram a Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (Umiptt) está auxiliando produtores de frutas da região sudoeste. O benefício surgiu a partir da construção de um secador solar de frutas para estimular a produção de frutas desidratadas com um baixo custo de investimento. Atualmente há uma perda no processo de produção de frutas in natura, já que parte delas não são viáveis para o mercado, mas que podem ser comercializadas de outras formas, como as frutas secas.
A energia solar é uma das opões para a produção das frutas secas. O secador solar utiliza baixo capital inicial. Além de ser considerada uma fonte limpa pode facilitar o acesso de pequenos produtores no processamento industrial de frutas.
O projeto que será desenvolvido em seis fases conta com uma equipe multidisciplinar e de vários órgãos de fomento e de pesquisa. A coordenadora da pesquisa, professora da UTFPR de Francisco Beltrão, Camila Di Domenico, explica que as frutas são expostas diretamente à radiação, dentro de uma caixa com uma certa inclinação em relação ao sol, com um vidro transparente e aberturas para entrada do ar seco e remoção do ar úmido. “Todos os procedimentos para a construção e implementação das estufas solares são difundidos por meio de cursos e palestras nas propriedades rurais, bem como por meio de cadernos explicativos”, afirma Camila.
A produtora Beatriz de Oliveira Meira conta que tem vários pés de frutas em sua propriedade e entrega para a merenda escolar, comercializa na feira da universidade e nos mercados do município. “Mesmo assim muitas frutas acabam indo fora, foram quase mil quilos de vergamota fora. Agora com certeza vamos diminuir o prejuízo, secando e comercializando”, contou Beatriz.
Etapas do projeto
Atualmente quatro bolsistas do curso de Engenharia Ambiental atuam no projeto. Em um primeiro momento uma equipe formada por bolsistas e pesquisadores realizou um levantamento em 12 propriedades das principais frutas plantadas. Após a pesquisa da melhor forma de desidratação destas frutas, o grupo montou uma cartilha com os passos para a construção da estufa e do processo correto de secagem. “Fizemos um dia de campo e montamos uma estufa lá na propriedade para que eles pudessem acompanhar o passo a passo e caso queiram, montem outras estufas”, contou Camila.
Atualmente os bolsistas estão visitando as propriedades para dar o suporte necessário nestas primeiras etapas, além de construir novos secadores na própria universidade, Deverá ser feito ainda um levantamento nutricional dos produtos pela professora da Unioeste, Rose Mary Helena Quint Silochi, o que irá agregar ao produto final e facilitar a entrada das frutas secas no mercado.