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Aluna tem TCC premiado pela Associação de Engenharia Automotiva

Reconhecimento

publicado: 25/10/2019 18h06 última modificação: 31/10/2022 10h08
Mariane recebe prêmio AEA de Engenharia (Foto: Divulgação)

Mariane recebe prêmio AEA de Engenharia (Foto: Divulgação)

Ser reconhecido por fazer o que você gosta não tem preço, não é mesmo? Foi assim com a Mariane Ferreira, graduada em Engenharia de Produção pelo Câmpus Ponta Grossa. Ela teve seu TCC premiado pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). O prêmio “AEA Destaque Novos Engenheiros 2019” foi entregue durante o IV Seminário de Manufatura Automotiva, em São Paulo (SP). 

O trabalho premiado se chama 'Efeitos da Mudança da Relação Diferencial em um Caminhão Extra Pesado Considerando a Perspectiva do Ciclo de Vida". Mariane explica que seu TCC foi a realização de um estudo, a partir da técnica de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), sobre os impactos ambientais causados por um caminhão que teve seu eixo diferencial alterado. “A ACV é uma técnica que quantifica os impactos ambientais, em que o resultado permite a identificação de oportunidades de melhorias no sistema produtivo ao longo do ciclo de vida do produto, processo ou serviço em estudo”, explica. 

Mariane esclarece que o eixo diferencial de um caminhão é um fator que afeta diretamente o consumo de combustível e o desempenho do veículo em diferentes tipos de região. O estudo analisa a diferença da performance após o eixo diferencial ser alterado para se adequar às regiões montanhosas que o caminhão percorreria. 

O trabalho de Mariane teve desempenho significativo. “Os resultados encontrados mediante a troca da relação diferencial foi uma redução de 5 mil litros de consumo de diesel para o caminhão estudado. Com base na perspectiva econômica, o veículo passou a gerar uma economia anual de um pouco mais de R$ 15 mil. O resultado da ACV revelou uma redução de 6,82% na extração de recursos e uma redução de 6,52% para emissões de gases do efeito estufa. Em termos comparativos com a frota brasileira, os valores equivalem a 25 bilhões de litros de petróleo que deixariam de ser utilizados para a produção do diesel”, completa. 

A aluna conta que decidiu se dedicar a esse estudo enquanto estagiava na DAF, uma empresa automobilística voltada para a construção de caminhões. “Meu diretor gostava muito de ver seus estagiários envolvidos com a empresa, então ele me deu a oportunidade de estudar este caso”, comenta. Para isso, Mariane recebeu orientação do professor Cassiano Piekarski e de um engenheiro da empresa. “Assim, pude conhecer ainda mais a engenharia do veículo, o que despertou o meu interesse para a área automotiva, onde espero me especializar”.  

Atualmente Mariane é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção no Câmpus Ponta Grossa e planeja se especializar na área automotiva. Como prêmio, ela também ganhou três cursos bancados pela AEA.