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Estação instalada na UTFPR busca ser referência em pesquisa na área

Energia solar

publicado: 17/12/2019 11h36 última modificação: 31/10/2022 09h15
Estação instalada na Sede Neoville do Câmpus Curitiba (Foto: Decom)

Estação instalada na Sede Neoville do Câmpus Curitiba (Foto: Decom)

Hoje em dia, quando se fala em energia solar já é possível imaginar as placas instaladas em telhados de residências e empresas, por exemplo. Mas, então, vem a pergunta: “como funciona o equipamento em dias nublados ou com chuva?”. Para estudar o comportamento da radiação solar no Paraná em cada região do estado e o funcionamento dos equipamentos, o Laboratório de Energia Solar (Labens) do Câmpus Curitiba da UTFPR está sendo pioneiro e passará a se referência em pesquisas sobre o assunto.

Uma rede de estações de pesquisa foi inaugurada na instituição e faz parte de um convênio entre a Universidade e a Copel, estatal paranaense de energia elétrica. O objetivo é levantar informações sobre a energia solar e o potencial fotovoltaico em todo o território paranaense. Por isso, as estações foram instaladas em cidades que a Universidade possui câmpus como Campo Mourão, Cornélio Procópio, Curitiba, Medianeira, Pato Branco e Ponta Grossa.

Com as estações solarimétricas será possível mensurar e monitorar as condições solares de cada região do estado e captar incidência de sol a qualquer hora do dia. Além disso, será possível estudar a performance de diversos tipos de equipamentos e os fatores diversos que levam a perda da energia.

As estações contam com quatro módulos de sistemas fotovoltaicos de diferentes tecnologias instalados à rede elétrica: silício monocristalino, silício policristalino, telureto de cádmio (CdTe) e disselineto de cobre, índio e gálio (CIGS).

Os painéis solares fotovoltaicos são utilizados para converter a energia da luz do Sol em energia elétrica. Os módulos permitem comparar o comportamento dos painéis solares e a eficiência da geração solar sob diferentes condições climáticas, avaliando fatores como velocidade do vento, temperatura ambiente e radiação solar, entre outras.

“Em seu conjunto, estas redes permitirão analisar a variação da radiação solar ao longo do ano nas diferentes regiões do Estado. Este mapeamento indicará quais as tecnologias de módulos fotovoltaicos mais adequadas e vantajosas para cada região, de acordo com seu microclima”, afirma o pesquisador do Labens do Câmpus Curitiba, Gerson Máximo Tiepolo. “Com o projeto será possível ainda encaminhar políticas públicas bastante efetivas para a expansão da geração distribuída a partir desta fonte renovável”, completa.

Orçado em R$ 6 milhões, a pesquisa é um dos projetos contemplados pela chamada pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), intitulada Projeto Prioritário de Eficiência Energética e Estratégico de P&D: “Eficiência Energética e Minigeração em Instituições Públicas de Educação Superior”. 

Iniciados em 2018, eles foram aprovados em uma chamada pública inédita regulada pela Aneel. Foi a primeira vez que projetos de eficiência foram vinculados a propostas de pesquisa nas instituições de ensino superior no Brasil. Além de fomentarem pesquisas voltadas à expansão das fontes renováveis, seus resultados serão importantes para a formulação de políticas públicas de combate ao desperdício de energia elétrica em todas as esferas da administração pública.