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Grupo de Pesquisa da UTFPR Busca Soluções para a Internet das Coisas
Soluções Tecnológicas
Tem gente que acha que abrir uma porta com um cartão ou controlar aparelhos eletrônicos por dispositivos sejam coisas do futuro. Aplicar a tecnologia no cotidiano das pessoas e promover a inovação e eficiência são práticas cada vez mais adotadas. No Câmpus Francisco Beltrão, por exemplo, um grupo de pesquisa denominado IntelAgir, busca alternativas para implantação e comunicação de dispositivos, conhecido como Internet das Coisas (IoT, do inglês Internet of Things).
Entre os projetos iniciais do Intelagir estão as fechaduras inteligentes acionadas com cartão e um dispositivo para controle dos ares-condicionados instalados no Câmpus. O grupo estuda ainda soluções para cidades inteligentes, em negociação com a prefeitura municipal.
O projeto é coordenado pelo professor Michel Albonico e conta com a participação dos pesquisadores Paulo Varela (UTFPR), Luis Carlos Erpens de Bona (UFPR), Jean-Marie Mottu (Université de Nantes), e dos estudantes Gustavo Slomski e Ricardo de Souza.
O IntelAgir foi contemplado com auxílio financeiro da Fundação Araucária e o resultado dos investimentos em dispositivos de IoT e servidores de internet impactará também em outras frentes de atuação, que beneficiarão diretamente a comunidade
Segundo o coordenador Albonico, algumas iniciativas já foram feitas, porém, com o recurso aprovado, as pesquisas poderão avançar ainda mais. Os alunos desenvolveram uma fechadura eletrônica de baixo custo para os laboratórios, utilizando a tecnologia livre, com cartão contactless, ou seja, sem contato. Com o dispositivo é possível controlar horários de entrada e saída, determinar o acesso a grupos de usuários específicos, além de registrar toda a movimentação relacionada ao acesso do ambiente.
Outro dispositivo desenvolvido pelos estudantes está o de controle dos ares-condicionados, também acionados com cartão contactless. Ele permite que o equipamento seja ligado apenas por pessoas autorizadas e substitui o disjuntor, não permitindo a ligação quando uma temperatura determinada estiver pré-estabelecida. A tecnologia também funciona como um controle do aparelho, desligando-o ou modificando-o para a função ventilador por meio da leitura de sensores de temperatura e umidade espalhados pelo local. Com isso, há a diminuição do consumo de energia e a otimização da temperatura ambiente, tornando-a confortável e eficiente.
“Com as pesquisas e os recursos de fomento, teremos a oportunidade de desenvolver uma tecnologia que vem sendo pensada mundialmente, resultando em uma rede de contatos com pesquisadores nacionais e internacionais, e pesquisa científica de qualidade. Além disso, há um potencial de protótipos que possam gerar inovação e monetização, o que, consequentemente, é bom para a economia e para o desenvolvimento local”, destaca o coordenador Albonico.
O professor destaca ainda as negociações do grupo com a Prefeitura de Francisco Beltrão para a criação de uma rua interativa para a cidade. “Nesta nova etapa, busca-se soluções e arquiteturas de software que permitam a integração de grandes quantidades de dispositivos de maneira segura e com garantia de desempenho”, completa o pesquisador.