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Grupo Gpan do Câmpus Toledo deposita pedido de patente
Vidro antimicrobiano
As pesquisas realizadas pelo Grupo de Polímeros e Nanoestruturas (Gpan) do Câmpus Toledo conquistam mais avanços. A novidade é o registro do pedido de patente do processo que transforma o vidro usado (de descarte/resíduo) ou novo, que normalmente não apresenta capacidade bactericida, em um material antimicrobiano.
O pedido está sob o registro nº BR 10 2019 012514 4 e foi realizado por meio da Agência de Inovação (Agint). Trata-se de um processo de síntese do material vitrocerâmico, que é baseado na obtenção de fases cristalinas com ação biocida pelo tratamento térmico ou de sinterização a determinadas temperaturas de resíduos de vidro, previamente moídos, lavados e secos. O vidro pode ser usado como aditivo para filtros de água e superfícies resistentes a micróbios, utilizados em hospitais ou locais de grande circulação, por exemplo.
A patente é resultado da dissertação da aluna do curso de mestrado em Processos Químicos e Biotecnológicos (PPGQB), Laísa Caroline Schossler Belusso, orientada pelos professores Ricardo Schneider e Rafael A. Bini.
Para o professor Ricardo Schneider, o registro de propriedade intelectual é o resultado de trabalho realizado com outros pesquisadores e universidades. “Esta é mais uma conquista obtida pelo Grupo", declara.
A elaboração da patente contou também com a participação dos professores Kelen Menezes Flores Rossi de Aguiar, Alberto Yoshihiro Nakano e Felipe Walter Dafico Pfrimer.
As pesquisas do Gpan começaram a ter destaque em 2017, quando o projeto que previa que resíduos de vidraçarias comerciais fossem reciclados e utilizados na construção civil de maneira sustentável e com baixo custo conquistou o Prêmio Instituto 3M para Estudantes Universitários. A estudante Isabelle Costa recebeu, na época, o valor de R$ 50 mil para o desenvolvimento do projeto, também sob orientação do professor Ricardo Schneider.
As pesquisas despertaram também o interesse da Prefeitura de Toledo, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e um equipamento capaz de fazer o processo de separação e trituração do vidro foi instalado no Aterro Municipal.
O grupo ainda teve o projeto “Reaproveitamento de Resíduos Vítreos de Aterros Sanitários: solução ambiental e geração de renda” aprovado, em maio, na Seleção de Projetos 2019 do Ministério da Justiça e Segurança Pública para receber o recurso de R$ 2.9 milhões. Além disso, a pesquisa também é finalista do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2019, que deve conceder para os três vencedores o valor entre R$20 mil a R$50 mil no mês de outubro.
O Gpan conta com a participação de professores e alunos dos cursos de Engenharia Civil, Tecnologia em Processos Químicos e do Programa de Pós-Graduação em Processos Químicos e Biotecnológicos.