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Algoritmo auxilia a identificação de bovinos pelo focinho
Inteligência Artificial
Uma pesquisa realizada pelo estudante do curso de Engenharia da Computação do Câmpus Curitiba, Lucas Nolasco, pelo professor do Departamento de Eletrônica (Daeln), André Lazzaretti, e pelos professores do Departamento de Informática (Dainf), Leyza Dorini e Ricardo Dutra, desenvolveram um novo método para identificação de bovinos. Os estudos também são conduzidos pelo pesquisador do Iapar, João Aril Hill, e usam a identificação baseada no padrão biométrico do espelho nasal dos animais, a partir de tecnologias como inteligência artificial e algoritmos.
O procedimento consiste em capturar uma imagem do focinho do animal. “A imagem será analisada por redes neurais e algoritmos que vão buscar padrões e assim auxiliar na identificação”, explica o estudante. “Obtivemos taxas de acerto superiores a 95% nos testes, o que nos deixou animados”, completa Nolasco.
De acordo com os pesquisadores, o método é necessário por diversas razões. “Além de evitar marcar os animais com ferro quente, o novo método também é mais eficaz e confiável que o brinco fixado na orelha do animal porque não há risco de perda e nem pode ser trocado”, destaca o pesquisador do Iapar.
As raças as quais a identificação foi baseada em um banco de dados das raças Purunã, Jersey e Holandês do rebanho do Iapar nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa e Pato Branco. “Temos em orno de 700 animais na nossa base de dados e queremos chegar a mil em breve”, complementa o pesquisador.
Nolasco ressalta que é fundamental ampliar a base de dados, assim como melhorar a inteligência artificial, para que o sistema computacional seja mais preciso na identificação. “Estamos tentando, por exemplo, ensinar o sistema a identificar os animais a partir de uma única imagem do espelho nasal. Atualmente são 40 imagens em momentos diferentes do mesmo bovino”, afirma
O pesquisador João Hill também lembra ainda que o sistema em desenvolvimento precisa ser leve e rápido para que possa no futuro ser usado em um dispositivo móvel, como um celular. “É importante lembrar que a internet não está presente em todos os lugares, principalmente nas propriedades rurais. Isso dificulta um pouco porque não dá para armazenar tanta informação hoje em um único aparelho”, diz. A ferramenta que está em testes ainda não é um aplicativo.
“A pesquisa ainda precisa passar por avaliação a generalização do modelo criado para outras imagens e casos de uso mais reais. Ainda deverão ser realizados diversos testes para validar a abordagem proposta”, explica o professor André Lazzaretti.
Segundo o professor, os estudos contam também com a participação de alunos envolvidos em iniciação cientifica e trabalho de conclusão de curso.
A parceria de pesquisas da UTFPR com o Iapar envolve outros projetos do Programa de Engenharia Elétrica e Informática Industrial (CPGEI) e do Departamento de Engenharia Elétrica do Câmpus Pato Branco. A desse projeto em particular, iniciou em 2018.
Com informações da AEN