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Panela de pressão pode ser utilizada para esterilização
População sem energia
Objetivo do invento é viabilizar esterelização de instrumentos cirúrgicos (Foto: Freepik)
A dissertação da aluna Mirella Cristina Sionek de Carvalho, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica (PPGEB) do Câmpus Curitiba, resultou em uma forma alternativa de esterilização para ser utilizada em locais com difícil acesso à rede elétrica. A pesquisadora desenvolveu um protótipo de autoclave a partir de uma panela de pressão de 7,5 litros. Com isso, a esterelização de instrumentos cirúrgicos e materiais de uso hospitalar em clínicas médicas, estéticas e odontológicas, por exemplo, pode ser feita apenas na boca de um fogão.
Algumas regiões brasileiras ainda sofrem com a acesso à energia em locais mais afastados. Esta seria uma boa alternativa para os atendimentos nestas localidades, já que a esterilização dever ser realizada em qualquer material que entre em contato com tecidos ou fluídos corporais.
A panela utiliza a técnica de esteralização por vapor saturado e, na tampa da panela, foi instalado um manômetro para monitoramento da pressão. Com o manômetro, a monitoração do ciclo pode ser visualizada pelo usuário e a falha na esterilização pode ser constatada rapidamente, se a pressão necessária não for atingida.
Segundo a pesquisadora, os materiais a serem esterilizados não podem ficar em contato com a água do fundo da panela, por isso, foi construído um suporte (bandeja) para que eles fiquem posicionadas sobre o equipamento e sem entrar em contato com a água. Esse suporte possui furos para facilitar a circulação do vapor durante a esterilização.
A eficácia da esterilização é determinada pela utilização de indicadores biológicos e integradores químicos. Foram realizados os ciclos para a esterilização na temperatura de 121°C com tempo de ciclo de 30 minutos para cargas metálicas e os resultados foram positivos.
Com a panela, o acesso a esterilização de materiais fica mais acessível a toda a população, reduzindo o risco de infecções e transmissão de doenças em regiões remotas e aldeias distantes da civilização convencional. Ela pode ser utilizada em qualquer fonte que produza uma chama, independente se for um fogão a gás ou à lenha. E, como o tamanho é pequeno, pode ser facilmente transportada por um agente de saúde, por exemplo.
O trabalho foi apresentado no último dia 26 e foi orientado pelos professores Pedro Miguel Gewehr e Bertoldo Schneider Jr.