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Pesquisa identifica espécies botânicas em bosque do Câmpus
Medianeira
Uma pesquisa desenvolvida pelos alunos de Engenharia Ambiental do Câmpus Medianeira, Aline Lujan da Silva e Matheus Damasio Thrun, resultou no inventário florestal do bosque da universidade. A área é de 5500 m2, é remanescente da Mata Atlântica e está localizada nas proximidades da instituição, com o propósito de gerar subsídios a projetos de restauração ambiental e educação ambiental.
Os alunos identificaram e mediram 353 árvores de 60 espécies, pertencentes a 26 famílias botânicas. Com isso, foi possível mensurar o índice de diversidade biológica do parque, tão importantes para conservação ambiental e manutenção de espécies nativas da flora regional, como a peroba-rosa, figueira, cedro, angico, canela, louro-pardo e jacaratiá.
Além disso, os resultados contribuirão para a conservação da fauna existente, uma vez que os animais que vivem no bosque usam o local para repouso, alimentam-se dos frutos de 70% das espécies nativas e, com isso, contribuem para a regeneração florestal, através do descarte e distribuição de sementes, após o consumo.
A pesquisa foi orientada pelas professoras Carla Daniela Câmara e Larissa Sabbi. Carla explicou que o grupo pretende transformar o bosque em um laboratório ao ar livre. “Nosso próximo passo é a elaboração de uma trilha interpretativa, dentro do bosque, para visitação e estudos dos alunos. Assim, o local pode ser considerado um laboratório ao ar livre, para o ensino de Ciências, Ecologia, Botânica, Zoologia e disciplinas afins, por meio do contato com distintas características do ecossistema florestal”, completa.
O trabalho também contou com a orientação do pesquisador do Instituto Florestal de São Paulo, Roque Cielo Filho, responsável pela identificação das espécies.