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Pesquisador recebe prêmio Profissional Destaque na produção de biogás

Campus Medianeira

Os estudos na área começaram há quase dez anos e passaram a ser em materiais mais complexos, como o bagaço da cana-de-açúcar
publicado: 10/05/2023 09h44 última modificação: 10/05/2023 09h45
Professor durante a entrega do prêmio (Foto: acervo pessoal)

Professor durante a entrega do prêmio (Foto: acervo pessoal)

O pesquisador do Campus Medianeira, Thiago Edwiges, vem estudando, há quase dez anos, o aproveitamento de resíduos orgânicos para compostagem, vermicompostagem produção de composto orgânico, além de geração de biogás que pode ser convertido em energia térmica, energia elétrica, combustível veicular (biometano), ou biofertilizante, por exemplo.

“Desta forma, conseguimos promover a economia circular e atividades de baixo carbono, reduzindo a pressão por mais áreas em aterros sanitários e produzindo bioinsumos como fertilizantes e energia de forma descentralizada, o que melhora as condições de salubridade do ambiente e reduz a demanda pela extração de novas matérias-primas, além de reduzir a dependência de fontes fósseis de energia”, explica o professor do Departamento de Tecnologias Ambientais.

Durante o mês de abril, no 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, o professor foi premiado com o 2º lugar na Categoria Profissional Destaque, pelo trabalho desempenhado na área.

Segundo o pesquisador, o primeiro projeto foi em 2014, com o aproveitamento de frutas e vegetais gerados nas Ceasa para a geração de biogás.

“Conseguimos investigar e produzir conhecimento quanto à geração de biogás utilizando uma série de resíduos como frutas e vegetais, dejetos animais, resíduos de poda e jardim, resíduos de restaurantes, resíduos de agroindústrias como laticínios, abatedouros e cervejarias”, complementa.

 Em 2017, os estudos passaram a ser com um grupo de resíduos mais complexo e de difícil tratamento, os chamados resíduos lignocelulósicos.

“Este tipo de material, como o bagaço da cana-de-açúcar, é gerado em enormes quantidades no Brasil (por conta da produção de açúcar e etanol), é mais seco e contém menos matéria orgânica biodegradável, portanto requer técnicas mais aprofundadas para permitir que os microrganismos possam converter o carbono contigo nas moléculas dos resíduos em energia”, afirma.

Os estudos contaram com parcerias internacionais como a University of Southern Denmark (Dinarmaca) e a Griffith University (Austrália) para aprimorar os conhecimentos e aumentar a produção de biogás desse tipo de material por meio de pré-tratamentos físico-químicos e por tecnologias de rota sólida de digestão anaeróbia, que ainda estão emergindo no cenário internacional.

De acordo com Thiago Edwiges, as próximas etapas incluem análises de viabilidade econômica e testes em escala piloto, para possível financiamento de empresas que possam se interessar por esse tipo de inovação.