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Pesquisadores desenvolvem curativo inovador para os pets

Cicatrização mais rápida

publicado: 12/11/2019 09h42 última modificação: 31/10/2022 09h15
Exibir carrossel de imagens estes realizados demonstraram que eles apresentaram uma evolução mais rápida na cicatrização das feridas. (Foto: Freepik)

estes realizados demonstraram que eles apresentaram uma evolução mais rápida na cicatrização das feridas. (Foto: Freepik)

Os pets terão mais qualidade de vida quando o assunto for machucado. Graças a um projeto de pesquisa da UTFPR, os pets poderão contar com curativos feito especialmente para eles. O PetBio é um curativo na forma de um filme de nanocelulose destinado ao tratamento de feridas ou lesões superficiais da pele dos animais. 

A tecnologia foi desenvolvida pelos professores do Câmpus Curitiba Gustavo Henrique Couto e Maria Giovana Binder Pagnoncelli, além do químico Lucas Coelho Cantú e de Egon Petersohn Júnior, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da UTFPR.

O produto se baseia num processo biotecnológico na etapa de produção do filme que compõe o curativo e na etapa de ligação de enzimas ao curativo. Estas enzimas são liberadas continuamente sobre a ferida durante o tratamento e têm função bactericida e anti-inflamatória, facilitando ainda o processo de cicatrização do tecido.

“Um curativo que protege contra infecções e ao mesmo tempo acelera o processo de cicatrização é algo inovador, foi o fermento da nossa ideia. Além disso, por ser um material totalmente biocompatível e biodegradável, não necessita troca constante, podendo ficar sobre o ferimento durante o tratamento. Sem contar a facilidade de aplicação e principalmente o conforto proporcionado aos animais”, explica o professor Gustavo Couto.

Testes realizados pelos pesquisadores em cães que utilizaram o curativo demonstraram que os animais apresentaram uma evolução mais rápida na cicatrização das feridas. Segundo eles, a recuperação apresentou um processo de cicatrização com três dias a menos em comparação com o tratamento convencional.

O pesquisador Gustavo Couto acrescenta ainda que, atualmente, não existem produtos similares no mercado pet. “Os curativos hoje destinados aos pets são limitados a soluções tópicas e rolos de esparadrapos e gazes, cuja eficiência é restrita, exigem uma troca constante, além de terem risco de infecção se aplicados incorretamente. Existem produtos similares destinados à área médica no Brasil, porém, compreendendo apenas a membrana de celulose sem enzimas ou outras moléculas associadas”, complementa. 

Além disso, o curativo PetBio tem um grande potencial, já que o seu custo de produção tem se mostrado abaixo da expectativa prevista. “Esse é o principal gargalo para viabilizar o produto comercialmente para os clientes. Além de utilizarmos subprodutos da indústria regional como matérias-primas na etapa de produção, estamos paralelamente trabalhando no escalonamento do processo desenvolvendo biorreatores para esse caso específico”, finaliza.

O projeto foi um dos contemplados no Programa Sinapse da Inovação do Paraná, organizado pela Fundação Araucária. Ao todo, 1.851 ideias inovadoras foram recebidas de todo o estado do Paraná. Ao final, 100 ideias foram aprovadas. O resultado com os projetos contemplados foi anunciado no final do mês de outubro.

Entre os aprovados, 19 deles tiveram como proponentes principais estudantes e servidores da UTFPR. Outros 17 foram inscritos por egressos da instituição e mais cinco contaram com a participação de ex-alunos, graduandos e docentes.