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Prorrogada experiência-piloto do PGD na UTFPR
Gestão de Pessoas
A Comissão Central de Implantação e Acompanhamento do Programa de Gestão de Desempenho na UTFPR (PGD), que visa possibilitar o trabalho remoto na intituição, prorrogou por mais dois meses a experiência-piloto do programa. Agora, os servidores que participam do projeto seguirão participando da experiência até o fim do mês de abril.
Segundo o presidente da comissão central, Diego Maronese, a justificativa para essa prorrogação é a necessidade de obtenção de um maior volume de dados do funcionamento do programa em uma rotina de trabalho totalmente efetiva dos setores, em especial quanto ao atendimento de demandas da comunidade acadêmica, uma vez que grande parte dos docentes e os estudantes retornam às suas atividades apenas a partir de fevereiro e março. A experiência-piloto é regulamentada pela Instrução Normativa 44/2022.
"Agora em fevereiro estamos no terceiro mês de execução da experiência-piloto e, até o momento, 131 servidores das áreas selecionadas já aderiram ao programa e, em pelo menos parte desse período, executaram suas atividades nesse novo formato de trabalho, em sua grande maioria na modalidade de teletrabalho parcial. Esse número representa apenas 3,64% do total de servidores da instituição, mas 11,48% dos técnicos-administrativos da UTFPR, uma amostragem considerável para se analisar", comenta Maronese.
O período de experiência tem por objetivo implementar e verificar a funcionalidade do sistema informatizado do PGD em todos os campi, analisar e adaptar a normativa do programa às funcionalidades do sistema e às especificidades da Universidade, bem como conhecer os benefícios e resultados advindos de sua implementação.
"Em relação ao sistema utilizado, uma grande parte dos servidores e chefias achou o SISPG/Susep complicado e 'engessado' demais, principalmente na elaboração do plano de trabalho, além de apontarem algumas falhas e a ausência de relatórios gerenciais básicos para auxiliar no acompanhamento e publicidade das informações dos participantes do programa", explica o presidente da Comissão.
"Outro ponto que está sendo analisado pela comissão de implantação é a forma da tabela de atividades disponível às áreas, pois observou-se que o microgerenciamento de atividades toma muito tempo do servidor para a alimentação do sistema, enquanto que um controle excessivamente macro também torna o acompanhamento das atividades no sistema muito vago, o que está demandando um estudo de melhoria nas tabelas junto às áreas participantes, para viabilizar uma melhor forma de planejamento dos setores e o registro cada vez mais fiel e direto da rotina de trabalho do servidor", continua Maronese.
Ainda de acordo com a comissão central, as recentes mudanças no Governo Federal também impactaram o andamento da experiência, uma vez que a instrução normativa que havia sido publicada em dezembro de 2022 pelo Ministério da Economia foi revogada logo no início de janeiro deste ano, e um novo decreto regulamentando o PGD nas Instituições Federais de Ensino Superior está em construção. "O prazo para a publicação desse novo decreto de regulamentação do PGD é abril, logo não teríamos como finalizar uma proposta de regulamento específico da UTFPR para ser discutida no Conselho Universitário da UTFPR antes de analisarmos todas as mudanças que virão dessa nova regulamentação federal", finaliza.
PGD
O PGD é uma ferramenta de gestão de desempenho focada em resultados, que altera o modelo de trabalho tradicional, substituindo o controle de frequência dos servidores pelo controle de entregas e resultados, o que permite maior flexibilidade e inovação no trabalho, tanto no local de realização das atividades, quanto nos seus horários e formas de execução.
A participação no programa exigirá do servidor o planejamento das atividades que irão integrar sua jornada de trabalho, bem como a comprovação de sua execução sob a forma de entregas, a serem acompanhadas e avaliadas pela sua chefia imediata. Com isso, o programa substitui o controle de frequência dos agentes públicos ('bater ponto') por uma gestão de pessoas baseada em resultados.
O PGD oferece ainda a possibilidade de o participante realizar ao menos parte de suas atividades laborais fora das dependências da instituição, desde que possua a estrutura física e tecnológica necessárias.