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Equipe da UTFPR é 1º lugar no Igem Design League 2021

Destaque internacional

Competição reuniu times de seis países da América Latina
publicado: 30/11/2021 09h30 última modificação: 31/10/2022 10h10
Estudantes desenvolveram protetor solar 100% sustentável (Foto: Freepik editada por Decom)

Estudantes desenvolveram protetor solar 100% sustentável (Foto: Freepik editada por Decom)

O time UTPrimers do Campus Ponta Grossa recebeu medalha de ouro pelo desempenho geral no iGEM Design League. Também conquistou o 2º lugar na categoria mais disputada, de ‘Energy, Environment and Biodiversity’, e mais dois prêmios especiais de ‘Best Project Presentation’ e ‘Best Design Implementation’.

Os graduandos da UTFPR, sem experiência prévia e em uma área de atuação muito nova, conseguiram superar desafios, incluindo ter que se estruturar em meio à pandemia da Covid-19. São eles: Gustavo Corrêa, Petherson Krul, Evelyn Oliveira, João Prestes, Larissa França, Gabriella Almeida, Gabriel Machado, Gabriel Pereira, Isabella de Carvalho, Leonardo Sobrinho, Maria de Figueiredo, Nicolas Justus, Sâmela de Oliveira e Stéfhane Brachmann.

A vitória foi graças ao desenvolvimento do Phytocare, um protetor solar 100% sustentável, que teve a formulação foi desenvolvida pelos próprios membros da equipe, com o uso de ferramentas de biologia computacional.

O objetivo da proposta foi colocar uma alternativa aos filtros solares convencionais que contêm elementos tóxicos, que podem afetar as pessoas e os ecossistemas marinhos.  “Tais compostos estão relacionados a processos de alterações em hormônios sexuais masculinos e femininos, ao aumento da proliferação de células cancerígenas, ao branqueamento de corais e à intoxicação de peixes e golfinhos”, detalha Gustavo, capitão do grupo.

A composição do Phytocare inclui dois pigmentos naturais da classe dos carotenoides, como princípio ativo de absorção das radiações UVA e UVB, obtidos por meio de bactérias modificadas através de dois circuitos genéticos. “Eles possuem capacidade fotoprotetora comprovada. São seguros aos seres humanos e ao meio ambiente. E não apresentam coloração capaz de alterar a neutralidade estética do produto, que foi pensado para todos os tons de pele”, explica.

“Aprendemos sobre uma nova área do conhecimento do zero, por meio de muita leitura e contatos com pesquisadores de outros estados”

Foi quase um ano de dedicação para alcançar este resultado, desde o estudo da problemática até a criação da solução, incluindo protocolos de testes laboratoriais a serem realizados, a análise de biossegurança, o plano de ação e a elaboração de um manual. “Aprendemos uma nova área do conhecimento do zero, por meio de muita leitura e contatos com pesquisadores de outros estados. E, em meio a erros e acertos, desenvolvemos um projeto para uma competição internacional em um período de aproximadamente 11 meses” conta.

Os estudantes contaram com a orientação das professoras Juliana Bittencourt e Sabrina Ávila para conseguir viabilizar a questão técnica, administrativa, organizacional e de relacionamento.

A equipe já está de olho no iGEM 2022, edição que vai ser presencial em Paris, com planos de dar continuidade ao desenvolvimento laboratorial.  “Além disso, pensamos em tocar o projeto para frente em termos de empreendimento e, quem sabe, montarmos uma start-up futuramente!”, fala.

Quer saber mais? Acesse a página do projeto.

Sobre o iGEM
A competição latino-americana reuniu virtualmente 26 times participantes do Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala, Panamá e Peru. O concurso propõe a criação de soluções para problemas locais, por meio da biologia sintética, da bioeconomia e do design thinking, no intuito de cumprir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas.