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UTFPR reúne cinco especialistas em Painel

Política de Inovação

publicado: 16/05/2019 15h13 última modificação: 31/10/2022 09h55

Nesta terça-feira (14), a UTFPR reuniu cinco especialistas para discutir a Política de Inovação da Instituição, no miniauditório do Câmpus Curitiba. Os participantes trouxeram suas experiências para auxiliar na reflexão da construção do documento da Universidade. O evento contou com a presença do reitor, Luiz Alberto Pilatti, do pró-reitor de relações empresariais e comunitárias Douglas Renaux, e do diretor-geral do Câmpus Curitiba, Marcos Schiefler Filho.

O Painel iniciou com Álvaro Prata, ex-secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), atual professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ele apresentou cenários propícios à inovação, as dificuldades de quem inova em Universidades e os aspectos a serem priorizados. “Inovação não é apenas uma ideia, mas sim o processo de implantar e de fazer valer a proposta. É preciso reduzir a distância entre o conhecimento e sua aplicação para a melhoria de qualidade de vida”, disse.

Depois, Adriana Marin, diretora do Departamento de Apoio à Inovação da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC, detalhou o funcionamento do órgão, as etapas de desenvolvimento de tecnologia e os instrumentos existentes para gerar inovação. Para incentivar a inovação, é preciso trazê-la para dentro da Universidade. “Fui professora de uma disciplina eletiva de Gestão da Inovação para todos os cursos, com equipes multidisciplinares. No final do curso, um dos alunos disse ´Não achei que poderia ser, mas agora acredito que posso empreendedor. Por isso, acredito que que deve haver o fomento do empreendedorismo dentro das salas de aula”, narrou Marin.

Leornado Muraro, procurador-chefe do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), explanou sobre a legislação existente e como ela pode auxiliar na construção da Política de Inovação. “A Constituição Federal e as leis utilizam o modelo da Tripla Hélice. O Governo organiza, normativa e fomenta. A Universidade produz conhecimento básico e aplicado. A Empresa atua como lócus de aplicação, com ganhos sociais e econômicos. Esses três atores devem trabalhar juntos para que haja inovação”, afirma.

Também se apresentou no evento Álvaro Abackerli, assessor técnico da diretoria de operações da Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Abackerli apresentou o funcionamento da Embrapii para o financiamento, o acompanhamento e o desenvolvimento de projetos. Para ele, não basta apenas gerar resultados, é preciso avaliar os insumos e os processos de evolução de maturidade da inovação. Para isso, propôs uma mudança de cultura nas universidades. “Tenho que parar de vender o que sei. É preciso achar a utilidade do que eu sei para resolver problemas de outras pessoas”. Ainda, o assessor conclui “Se não gerar benefício social e financeiro, a ciência não gerou inovação”.

Além disso, foi a vez do coordenador de transferência de tecnologia do Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Gesildo Segundo. Ele apresentou o papel dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT) nas universidades, apontou aspectos importantes para a construção de um ambiente inovador e questões ligadas à legislação existente. “A Política de Inovação tem uma característica dupla. Primeiro, passa uma mensagem de como a Universidade se encara como realizadora de uma etapa do processo de inovação. Depois, coloca regras de como fazer isso internamente”. Gesildo ainda trouxe uma recomendação importante “Tem um desenho básico estabelecido em lei. Não façam a política internamente. Façam com base em discussões com outras instituições e com os representantes da sociedade a que vocês servem.”

O Painel foi transmitido online e pode ser conferido na íntegra no Canal do Youtube da UTFPR.

 

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