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Projeto Glucom Biotech na ExpoLondrina
Produzir em laboratório uma pele que possa aliviar as dores e acelerar o processo de cura. Foi com esse objetivo que nasceu a Glucom Biotech, uma empresa londrinense da área médica, que já vislumbra a concretização desse sonho através do acesso a tecnologias, no local onde está incubada há um ano, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); e de parcerias com professores da UTFPR e da Universidade Estadual de Londrina – UEL.
Desta forma, a Glucom Biotech vem desenvolvendo um curativo customizável para regeneração de pele, único no mercado. Este produto agrega a tecnologia fornecida pela rede nanoestruturada de celulose bacteriana, usando um processo exclusivo de produção biotecnológica, no qual as fibras de celulose são sintetizadas permeando a malha de tecido. O curativo é base para incorporação de materiais com diferentes propriedades farmacêuticas. Assim, o produto desenvolvido consiste de um curativo aperfeiçoado, que permite a manutenção do ambiente hidratado ideal para a saúde da pele, uma vez que pode liberar ou manter a umidade adequada no local aplicado. O produto também visa diminuir a progressão de lesões, melhorar o tratamento de feridas e promover uma recuperação mais rápida das mesmas, gerando um maior bem-estar e conforto para os pacientes.
A empresa Glucom Biotech é formada por um corpo técnico de mestres e doutores com reconhecida experiência nos processos de produção e caracterização das membranas nanoestruturadas. Os sócios da empresa, Sabrina Alves de Oliveira, Eliane Bogo Cabeça, Paula Cristina de Sousa Faria Tischer e Renato Márcio Ribeiro Viana, investiram cerca de 10 anos da carreira científica trabalhando com a celulose bacteriana, aprimorando o conhecimento sobre esse material e os métodos para realizar sua modificação química e física. Esse aperfeiçoamento e capacitação foi realizado em universidades e institutos de pesquisa no Brasil e fora no país, França e Canadá.
Na UTFPR, o acompanhamento do projeto é feito pelos professores Luis Fernando Cabeça e Marcos Rambalducci, que dão toda a assistência necessária para a produção da pele, cujos testes em pacientes a equipe pretende realizar ainda este ano.
O grupo de pesquisadores que lidera a Glucom Biotech já trabalha no desenvolvimento de variações da membrana através da adição de diferentes componentes, como antibióticos: Clorexidina, nanopartículas de prata e aminoácidos. A empresa estuda o desenvolvimento de técnicas de produção da membrana em superfície e impressão 3D podendo receber diferentes elementos, compostos e materiais sintéticos ou biológicos, bem como sensores, devices ou circuitos que se associam à rede nanoestruturada incorporando-os à membrana regenerativa. A Glucom Biotech intenciona ainda estender, em um futuro próximo, as aplicações dos curativos produzidos para outros tipos de feridas importantes na área biomédica, como lesões de queimadura, úlceras de pressão, e feridas infeccionadas de difícil cicatrização, como da diabetes.