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O projeto de extensão e iniciação científica do Curso de Engenharia Mecânica, da UTFPR Câmpus Londrina, intitulado “PistoBusão” (Laboratório Móvel de Tecnologias Mecânicas), está a todo o vapor desde o início da pandemia da Covid-19. Mediante a nova modalidade de ensino (online/híbrida), estabelecida como método preventivo em todas as escolas de ensino fundamental e médio do país, os integrantes do projeto têm focado seus esforços no desenvolvimento de recursos e instrumentos educacionais digitais que potencializem o ensino de conceitos básicos da engenharia de forma lúdica e aplicada, em ambientes virtuais de ensino.
De acordo com a coordenadora do projeto, Profa. Janaina Fracaro de Souza Gonçalves, a necessidade deste novo viés foi identificada logo no início da pandemia, e toda a equipe começou então a pensar em como colaborar de forma efetiva para que conceitos da matemática e de ciências naturais pudessem continuar sendo transmitidos de forma lúdica e dinâmica, mesmo a distância. Os conteúdos passaram, então, a ser transmitidos por meio das redes sociais do projeto (Instagram, no Facebook e no canal do YouTube), inciativa que possibilitou ainda que professores de outros estados do país pudessem conhecer o projeto e estivessem sendo contemplados com a consultoria dos estudantes.
Falando sobre o andamento do projeto na atualidade, Letícia Barcala, integrante da equipe, esclarece que o grupo tem trabalhando com duas modalidades de acompanhamentos educacionais, a consultoria para professores e os atendimentos para escolas. “Utilizamos os conceitos que adquirimos no curso de engenharia e a gama de possibilidades que a tecnologia nos oferece, em conjunto com as metodologias ativas de ensino, principalmente o Ensino Maker, a Gamificação e a Abordagem STEAM, para oferecer uma experiência de ensino criativa e divertida, como nas brincadeiras. O nosso foco inicial era auxiliar no ensino das disciplinas de ciência (física/química/biologia), matemática e tecnologia (robótica/informática/pensamento computacional), incentivando os alunos de ensino básico a seguirem, futuramente, uma área acadêmica de ciência, tecnologia e engenharia, porém, hoje, conseguimos expandir nossa metodologia e auxiliar professores das mais variadas áreas de conhecimento”, enfatiza a acadêmica, denotando satisfação em estar participando de um projeto desta magnitude em um cenário que carece e clama pelo desenvolvimento de instrumentos inovadores de apoio e suporte educacional.
A relevância do projeto pode ser constatada, por exemplo, na avaliação das alunas Tatiely e Cyntia, do 9° Ano de uma Escola de Sete Lagoas (MG), que ao participarem de uma aula da disciplina de Pensamento Computacional, relataram: “Essa foi a melhor aula que eu já tive até agora, foi ótima, diferente, dinâmica e divertida. Acho que poderíamos ter aulas assim, mais vezes (...)”. Com o mesmo grau de satisfação, Cyntia ponderou: “Nossa! Eu gostei muito, inclusive achei uma aula muito útil para o nosso futuro”.
“Este projeto, por incrível que pareça, ele não fez o caminho do ônibus, ele fez o caminho do avião, por que ele está rodando o país inteiro e está ajudando muita gente. Professores das escolas mais carentes que tem recebido as contribuições do projeto, e que muitas vezes tira recursos do próprio bolso para trabalhar, tem dado um feedback muito positivo da diferença que os recursos desenvolvidos tem feito como ferramenta de ensino e aprendizagem. Graças a Deus está além das nossas expectativas iniciais (...)”, destaca Gonçalves.
Todo o material desenvolvido como vídeos, metodologias, jogos e dinâmicas, tem sido usado por professores não só da região de Londrina, como também de outros estados (Acre, Piauí, Rio de Janeiro e Minas Gerais). A meta da equipe é fazer com que o projeto seja conhecido pelas escolas de todo o país, e que assim, os materiais desenvolvidos possam ser utilizados como instrumento alternativo e dinâmico de ensino, favorecendo, inclusive, a aprendizagem de alunos com dificuldades, seja no âmbito intelectual, comportamental ou na linguagem, com aulas diferenciadas.
O projeto, afinado com as novas necessidades e tendências de ensino, também firmou parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Londrina, a qual tem como tônica a criação de jogos, vídeos, softwares e atividades diversas, pautadas nas matérias/conteúdos contemplados na grade curricular do 1º ao 5º ano da Rede Municipal. Para a aplicação dos referidos materiais como instrumentos de ensino e apoio pedagógico, os professores receberão todas as orientações dos estudantes via reuniões pelo Google Meet.
Novas parcerias e o ingresso de novos participantes voluntários, de diferentes áreas dos cursos da UTFPR, são muito bem-vindas ao projeto, possibilitando novas contribuições para ampliar ainda mais o rol de métodos, técnicas e ferramentas, digitais ou não, a serem utilizadas pelas escolas neste novo cenário imposto pela pandemia, ou mesmo, em ambientes convencionais de ensino.
Pistobusão: o início
O Pistobusão, Laboratório Móvel de Tecnologias Mecânicas, foi idealizado por professores e alunos do curso de Engenharia Mecânica, a partir de um velho ônibus abandonado no Câmpus. O projeto, coordenado pelos professores Janaina Fracaro de Souza Gonçalves e Roger Nabeyama Michels, com o apoio da Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias (DIREC), conta com a participação de 14 alunos, e tem como objetivo auxiliar os professores da rede de ensino fundamental na promoção de uma aprendizagem dinâmica, prática e lúdica, sem que as escolas precisem pagar por isso.
Saiba mais sobre o projeto:
* Instagram (@pistobusao);
* Fanpage (https://www.facebook.com/pistobusao/).