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Quem não gosta de acompanhar as movimentações e tendências da economia? Principalmente quando é algo que mexe no bolso ou com a vida das pessoas da própria comunidade, como os preços da cesta básica; o endividamento e inadimplência das famílias da cidade onde se vive; a capacidade da Indústria local; a situação do emprego formal no município; ou até mesmo a questão dos danos ambientais ao seu redor.
Em Londrina, cuja região metropolitana ultrapassa a marca de um milhão de habitantes, e é responsável por um Produto Interno Bruto (PIB) per capta superior a 18 bilhões de reais, carece de indicadores econômicos continuados que reflitam a situação do município, permitindo que a iniciativa privada possa gerir de forma eficaz os seus negócios e agir nas oportunidades de mercado.
Algumas pesquisas, buscando preencher essa lacuna, já são realizadas pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas - NuPEA, da UTFPR Londrina, juntamente com o Curso de Engenharia de Produção da instituição. Para facilitar e otimizar os dados obtidos pelas pesquisas em andamento ou as que vierem a ser realizadas, e assim ajudar na busca por soluções de problemas financeiros, os economistas Marcos Rambalducci e Julia Mendonça da Costa, do Departamento de Apoio e Projetos Tecnológicos do Câmpus Londrina, decidiram agrupar todas as pesquisas sob uma única bandeira, criando então o Programa de Análises Econômicas Regionais, nas áreas de tecnologia, produção e meio ambiente.
O Programa elenca cinco projetos, sendo três deles desenvolvidos há pelo menos três anos pela UTFPR, e consagrados na cidade. O primeiro da lista, por ordem cronológica, é o Projeto de Acompanhamento Mensal da Inflação da Cesta Básica Nacional, que serve, tanto para orientar o consumidor em relação a seu poder de compra dos itens básicos de sua sobrevivência, quanto para dar subsídios em relação ao estabelecimento de políticas locais e nacionais visando garantir a subsistência minimamente digna do trabalhador.
O segundo refere-se à Pesquisa de Endividamento e Inadimplência da Família Londrinense, que busca ajudar indivíduos e famílias para uma disciplina financeira e, ao setor varejista, entender a disponibilidade de renda que pode ser capturada na forma de consumo.
E o terceiro é o Projeto de Acompanhamento Mensal do Percentual de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria na região metropolitana de Londrina, que tem por propósito identificar o nível de atividade da indústria
mostrando a porcentagem do parque fabril que está trabalhando.
O Programa elaborado por Marcos Rambalducci e Julia Mendonça da Costa, respectivamente coordenador e vice-coordenadora deste trabalho, inclui ainda o Projeto de Análise e Divulgação Mensal dos Indicadores de Variação do
Emprego Formal na região de Londrina, utilizando os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desempregados – CAGED; e o Projeto de Valoração Econômica de Danos Ambientais em Ibiporã, que visa entregar à promotoria de defesa do Meio Ambiente, a partir de uma solicitação do Ministério Público daquela cidade, um dimensionamento monetário de danos ambientais que afligem aquele município.
Além do coordenador e vice-coordenadora, o programa envolve outros quatro pesquisadores, e cinco instituições, que apoiam o estudo, ou auxiliam na execução das atividades. São elas: Associação Comercial e Industrial de Londrina – ACIL; Associação Comercial e Editora e Gráfica Paraná Press (Folha de Londrina); Sindicado da Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos do Norte do Paraná – SINDIMETAL Norte; Londrina Convention Visitors Bureau – LCVB; e Ministério Público do Estado do Paraná.
Por conta da repercussão das pesquisas, os convites a Rambalducci, para palestras em instituições de ensino de Londrina e região, têm sido frequentes. E especialmente em relação à que trata dos preços da cesta básica, as pessoas começaram a manter uma rotina de análise dos preços, e a abordá-lo na rua para falar do assunto, já que a cada nova pesquisa, vários veículos de comunicação da cidade apresentam os resultados juntamente com uma análise feita por ele.
Segundo o economista, que mantém uma coluna semanal na Folha de Londrina, sobre os mais variados assuntos da área econômica, “temos muitas informações nacionais, e poucas locais, e esses projetos da UTFPR, com indicadores locais continuados, não mudam a história da humanidade, mas ajudam as pessoas e os gestores públicos a tomarem as melhores decisões”.