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Aniversário UTFPR
Definitivamente este não é um ano normal. Recém estamos concluindo um terço dele e não vemos a hora de conhecermos a “nova normalidade”, ou seja, aquilo que virá pós pandemia. Nesse momento temos mais dúvidas do que certezas, perguntas sem respostas. Como será a expansão da Covid 19 no Brasil? Quantas vidas serão perdidas? Quando chegará a cura? Como nossos professores, técnicos e estudantes se viram em tempos de pandemia? O que estamos fazendo agora fará algum sentido para a “nova normalidade” que vem por aí? Nos tempos modernos, nunca antes fomos tão preocupados com o amanhã. Entre as lições que ficarão desta pandemia é de que precisamos aprender com nossos erros, contribuirmos para um mundo mais justo, humanizado e fraterno. Para o futuro será fundamental nos reinventarmos enquanto seres humanos e instituições.
Nesse momento a Instituição UTFPR, cujo maior patrimônio são as pessoas, está isolada em respeito ao que pede a ciência – que ela própria ajuda a produzir – e a Organização Mundial da Saúde (OMS), porém isso não significa que está alheia ao interesse maior da Universidade e do Serviço Público, qual seja, o de bem servir ao seu público. Algumas ações importantes estão sendo realizadas, com destaque para a produção de 15 mil litros de álcool 70% em parceria com empresas municipais; doações de alimentos não perecíveis e materiais de higiene e limpeza em prol das pessoas e/ou famílias carentes ou em situação de vulnerabilidade; produção de máscaras em impressoras 3D; oferta de cursos gratuitos on line; desenvolvimento de modelo estatístico que permite criar cenários possíveis do número de casos acumulados de Covid-19 esperado para o dia seguinte; frente de trabalho para auxiliar nas demandas da comunidade interna e externa como: auxiliar a pessoas que não podem sair de casa para ir ao mercado ou à farmácia; organizar campanhas de arrecadação, elaboração e disponibilização de materiais de orientação e cuidados pessoais e sociais; confecção de materiais, dentre outros. Todas essas atividades são desenvolvidas por uma equipe de voluntários, envolvendo servidores e estudantes do Câmpus Pato Branco.
Essa inserção social da UTFPR teve início, em Pato Branco, no dia 17 de abril de 1993. Há 27 anos aquele também foi um ano que mudou a vida de muitas pessoas, não apenas no Sudoeste do Paraná, mas também em outros rincões do Brasil e, mais recentemente, do mundo. Receber uma instituição pública federal enchia os patobranquenses de orgulho. A oportunidade de fazer um curso técnico de nível médio (eram dois à época da criação), ter uma profissão e seguir carreira, fazia o coração das pessoas bater mais forte. Acolher professores, técnicos e estudantes locais, regionais e vindos de outros Estados era apenas o início de uma transformação importante na economia e nos valores da bela Pato Branco. Queremos ter a pretensão de dizer que Pato Branco tem duas fases em sua história, antes e depois da inauguração da UTFPR.
Ainda naquele longínquo ano de 1993, o que começou pequeno foi capaz de assumir mais responsabilidades e carregar em seus ombros os cursos superiores que o município acabava de transferir para a UTFPR (à época CEFET-PR). E já no ano seguinte ao início de sua trajetória, a Instituição trabalhava em dois níveis: médio e superior. Mais uma “invasão” de “forasteiros”, professores, técnicos e estudantes, trabalhando em prol do conhecimento, da tecnologia e da humanidade. Em 2005 o grande salto institucional, a transformação para a marca que adota desde então, qual seja, a de Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
E novamente grandes mudanças, a pós-graduação stricto sensu passa a fazer parte do roll de cursos ofertados. Hoje, 27 anos após o pontapé inicial do Câmpus Pato Branco, são: um curso técnico de nível médio (em extinção), 12 cursos de graduação 8 de Pós-graduação Stricto Sensu e 6 de Pós-Graduação Lato Sensu, abrigando 278 professores, 86 técnico-administrativos e 4.037 estudantes, fazendo do Câmpus Pato Branco o segundo maior do sistema UTFPR e o maior do interior do estado. Um crescimento vertiginoso construído com o comando dos gestores, a dedicação dos servidores e estudantes e o apoio da comunidade.
Desde o princípio o Câmpus Pato Branco sempre teve muito claro o seu papel no tripé ensino-pesquisa-extensão, formando profissionais qualificados, contribuindo com novas descobertas que transformam a vida das pessoas e são publicadas em revistas de alto impacto e atendendo algumas demandas da comunidade. Nesse último item, mais recentemente destaca-se a inauguração da Usina de Minigeração Fotovoltaica, em parceria com a Copel, que melhorará a eficiência energética do Câmpus, além de permitir a formulação de políticas públicas em combate ao desperdício de energia elétrica. Em parceria com a Prefeitura Municipal destacam-se o Parque Tecnológico, espaço de pesquisa, extensão e incubação de empresas, e o projeto Cidade Amiga do Idoso, que torna Pato Branco um dos quatro municípios do Brasil a ter esta certificação emitida pela OMS. A participação expressiva na Inventum 2019, com espaço de astronomia, festival de cultura e arte, seminário de extensão e inovação (SEI), seminário de iniciação científica e tecnológica (SICITE), entre outras atividades.
Ofertando cursos nas áreas de ciências agrárias, ciências exatas, ciências sociais aplicadas, engenharias, linguística/letras, mas atuando globalmente, o Câmpus Pato Branco é um patrimônio da população que vem sofrendo impactos profundos com duros cortes em seu orçamento para investimentos, em bolsas para pesquisa e restrição do quadro de pessoal. No entanto, honrando os seus compromissos e buscando se reinventar, não abre mão, de forma peremptória, do seu papel na formação do cidadão; na produção e disseminação do conhecimento; na construção de valores éticos, de respeito e de solidariedade; na atenção ao diferente; no respeito ao contraditório e ao livre debate, exercendo fielmente seu papel em defesa da democracia.
Celebrando este aniversário, em um momento tão singular da história, não podemos nos furtar de dirigirmo-nos a toda a comunidade, agente responsável pela consolidação dessa pujante Universidade, com o pronunciamento do diretor-geral do Câmpus Pato Branco, Idemir Citadin, alusivo aos 27 Anos do Câmpus Pato Branco.
Redação: Assessoria de Comunicação, em conjunto com o Professor Luis César Cassol