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A mestranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS), da UTFPR - Câmpus Pato Branco, Suelyn Maria Longhi de Oliveira, apresentou artigo sobre “Envelhecimento, Ergonomia e Planejamento Urbano”, no 20º Congresso Internacional de Ergonomia – 2018, realizado entre os dias 26 e 30 de agosto, em Florença (Itália).
Conforme dados levantados junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, a estimativa de crescimento da população brasileira com 65 anos ou mais deve passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060. A expectativa média de vida do brasileiro deve aumentar de 75 anos para 81 anos.
De acordo com o IBGE, as mulheres continuarão vivendo mais do que os homens. Em 2060, a expectativa de vida delas será de 84,4 anos, contra 78,03 dos homens, nos países desenvolvidos será de 87,5 anos para os homens e 92,5 para as mulheres.
Segundo a Organização das Nações Unidas, ONU, na mesma época idosos representarão um quarto da população mundial projetada, ou seja, cerca de 2 bilhões de indivíduos (no total de 9,2 bilhões).
A Organização Mundial da Saúde (OMS), utiliza o nome pessoa idosa, considerado a pessoa idosa o habitante de país em desenvolvimento com 60 anos ou mais e o habitante de país desenvolvido com ou acima de 65 anos.
A OMS, criou o Guia Global Cidade Amigáveis a todas as idades, com intuito de promover o envelhecimento ativo com planejamento urbano das cidades para atender as demandas e necessidades das pessoas idosas e perceber as demandas quanto a acessibilidade, moradia, transporte, saúde, trabalho, educação, protagonismo local, participação e respeito, inclusão social.
As lacunas encontradas em pesquisas acerca desses três eixos, relatam que os países em desenvolvimento estão iniciando pesquisas e se adequando a essa realidade crescente. Temas como etnias, crenças religiosas associadas ao envelhecimento são pouco estudadas.
O país com maiores estudos sobre o envelhecimento e planejamento urbano levantado no estudo apresentado é o Estados Unidos da América, justificado pela preocupação com a qualidade de vida dos habitantes.
O Japão, seguido pela Itália, são os países com maior número de pessoas idosas no mundo.
A pesquisa relata que o interesse pelo tema vem crescendo nos últimos cinco anos, sendo encontrado maiores e mais diversificadas publicações a partir de 2014. O trabalho apresentado segue o intuito da pesquisa científica de induzir ao conhecimento e de tornar ambientes adequados à criança, ao jovem e ao adulto.
A mestranda atua em projeto de pesquisa e extensão com a terceira idade desde 2003 e possui especialização em fisioterapia geriátrica. Ela relata que o envelhecimento é um tema para todas as idades. “Segundo a Organização Mundial de Saúde o envelhecimento inicia-se entre os 30 a 40 anos e transformar uma cidade em um ambiente mais favorável para que o envelhecimento seja ativo é fundamental para essa nova realidade, a qual o Brasil está em acelerado processo de crescimento”, declarou Suelyn.
A ergonomia, segundo ela, vai além do foco industrial e busca a adequação do ambiente urbano à diversidade. “No congresso internacional, pudemos verificar a preocupação com o trânsito, com novas indústrias e com a qualidade de vida de todos os grupos, idosos, deficientes, dentro de um mundo humanizado e tecnológico”, considerou.
A mestranda conta com a orientação do professor da linha de pesquisa Engenharia organizacional e do Trabalho, do PPGEPS, Sérgio Luis Ribas Pessa, e também faz parte do grupo de pesquisadores do projeto da UTFPR Cidades e Comunidades Amigáveis a Todas as Idades, perfil da pessoa Idosa no município de Pato Branco.
Os estudos estão sendo coorientados pela professora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR), Maria de Lourdes Bernartt, a qual coordena a pesquisa Diagnóstica das Pessoas Idosas no município de Pato Branco, em parceria da Prefeitura Municipal e Comissão Rotária.