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Acesso e Permanência

A Inclusão no Ensino Superior saltou de 135 alunos, no ano de 1999, para mais de 55 mil alunos, em 2023, o que corresponde a um aumento de 30 mil por cento.
publicado: 07/08/2023 11h51 última modificação: 07/08/2023 11h51

O período de Planejamento e Capacitação para o segundo semestre de 2023 ganhou um novo formato, com a realização de um evento temático que busca debater a acessibilidade e inclusão pelo viés educacional. Com início na quinta-feira (27) de julho, a ação é uma oportunidade de aprofundamento sobre diversas questões que afetam o cotidiano acadêmico e busca dar aos servidores um olhar renovado sobre o tema, além de apresentar novas possibilidades de atuação. As atividades incluem palestras, oficinas e minicursos, ofertadas para servidores e técnicos administrativos, além das reuniões para tratativas referentes ao planejamento do semestre letivo, e seguem até a próxima terça-feira (8) de agosto.

Segundo informações repassadas pelo Departamento de Educação (DEPED-PG), no Brasil existem mais de 150 mil alunos público-alvo da educação especial em universidades, Faculdades, Centros Universitários e Institutos Federais, destes 15 mil estão na rede Federal de Ensino Superior, em vários cursos de graduações. De acordo com os dados levantados pelo DEPED-PG a Inclusão no Ensino Superior saltou de 135 alunos, no ano de 1999, para mais de 55 mil alunos, em 2023, o que corresponde a um aumento de 30 mil por cento. (FONTE: SINOPSE ESTATÍSTICA DO SENSO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR)

Talícia do Carmo Galan Kuhn, Responsável pelo DEPED, destaca que esses números comprovam que a política de Acessibilidade e Inclusão, tem permeado cada vez mais o cotidiano da universidade, motivo pelo qual é tão necessária essa discussão e a formação dos docentes que vão atuar nesse contexto. “Muitas vezes o professor quando fez a sua formação não teve conteúdos relacionados a essa temática, por isso a formação continuada desse professor da educação básica ou da educação superior é algo que deve ser um contínuo de ações. Nesse sentido pensamos em trazer essa temática, vale lembrar também que nós temos uma legislação de 2016, a Lei 13409, que fala sobre o direito legal a reserva de vagas para pessoas com deficiência, o que impacta diretamente as universidades federais em relação à inclusão de pessoas com deficiência”, comenta.

Inúmeras atividades foram realizadas, com a presença de especialistas das mais diversas áreas de pesquisa. Como a palestra sobre saúde mental no contexto universitário, conduzido pelas renomadas especialistas Danielle Ferreira Garcia e Giuliana Maria Gonçalves Ávila. Na quarta-feira (02) foram realizas oficinas para tratar de temas específicos como Estratégias e Procedimentos Básicos para o Atendimento Educacional Especializada com Marta Rejane Filietaz Proença, além de oficinas sobre Práticas Educacionais Docentes para Estudantes com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDA/H) e com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Cada vez mais percebemos que falta a formação do professor universitário relacionado a temáticas como acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência, TEA  e Altas Habilidades ou Superdotação. Nesse contexto é importante que o professor esteja cada vez mais preparado para atender uma diversidade que existe dentro da sala de aula. Não será uma capacitação que vai preparar esse profissional para atuar com todos os públicos, mas vai contribuir para que o docente possa identificar caminhos que vão ajudar para melhor compreensão do tema e saber onde buscar elementos e recursos para uma inclusão mais efetiva”, avalia Talícia Kuhn. 

Outro momento marcante foi a Palestra “Um panorama da inclusão de estudantes com deficiência, autismo e altas habilidades/Superdotação na educação superior brasileira: desafios e possibilidades” realizada pelo conceituado professor Luiz Renato Martins da Rocha, ocorrida na quinta-feira (03), mesma data das oficinas “Tenho um estudante com deficiência em minha sala de aula, e agora?” Também conduzida por rocha e “Introdução à LIBRAS: Comunicando com inclusão”, com o  professor Luiz André Brito Coelho.

A programação do período de Planejamento e capacitação seguiu na sexta-feira (04) com a Palestra "Técnicas de Controle da Ansiedade", conduzida pelo renomado profissional Elias Júnior Minasi, com início ás 9h, no Auditório C-115. No período da tarde a Direção de Graduação e Educação Profissional (DIRGRAD), coordenadores de curso, chefes de departamento, docentes indicados, além de representantes do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) e Núcleo de Apoio Psicopedagógico ao Estudante (NUAPE) participaram da Reunião Final de Alinhamentos Pós-Formação.

A responsável pelo DEPED, Talícia Kuhn, e também presidente do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão - NAI diz que a expectativa com a realização desse evento é que a permanência dos acadêmicos do Campus Ponta Grossa seja cada vez mais efetiva, com práticas que visam  de fato a inclusão e a acessibilidade em todas as suas etapas e processos. “Com isso queremos que o estudante se sinta muito mais acolhido dentro da disciplina  e consiga desenvolver as suas potencialidades e habilidades”, afirma.