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Guarda de Reagentes

Espaços foram readequados para realizar essa função e passaram a contar com monitoramento da temperatura do ambiente.
publicado: 20/12/2023 13h56 última modificação: 20/12/2023 13h56
Exibir carrossel de imagens Em recente visita ao campus, o Reitor  conheceu os ambientes e parabenizou os responsáveis pelo trabalho.

Em recente visita ao campus, o Reitor conheceu os ambientes e parabenizou os responsáveis pelo trabalho.

O Campus Ponta Grossa, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), tem buscado promover melhorias constantes para a correta guarda dos produtos químicos, especialmente dos controlados pelo Exército e Polícia Federal, utilizados em laboratórios e em diversas atividades do cotidiano acadêmico, e que apresentam consideráveis riscos se acomodados de forma incorreta.  Recentemente espaços, antes utilizados por Empresas Juniores, foram readequados para realizar essa função e passaram a contar com monitoramento da temperatura desses ambientes. 

O Responsável Químico do Campus, Matheus Postigo, conta que antes da pandemia, o antigo almoxarifado químico – sala C001 – foi reformado para atender as normas de segurança, mas uma nova aquisição de produtos não permitiu que fossem estocados de forma adequada devido à quantidade. De forma provisória os reagentes foram armazenados na sala C-124, localizada no subsolo do bloco C. Na busca de solucionar essa situação as salas utilizadas pela Quanttum e Vulcano foram liberadas para acomodar de forma definitiva os produtos químicos. 

Segundo Postigo o risco de acidentes e incêndios associados às substâncias químicas é constante. Ele explica que a antiga sala não oferecia as condições adequadas, o que tornava a retirada destes produtos de suma importância para a segurança do campus. O Responsável químico afirma que a nova sala é consideravelmente mais segura, por apresentar piso de alvenaria, porta de metal e saída para o exterior do bloco. “A sala tem uma localização privilegiada. Sua porta se abre para o sul, o que garante um mínimo de insolação. As paredes oeste e norte fazem divisa sem comunicação com o bloco B e a parede leste recebe sombra do bloco H em boa parte do dia. Isso garante uma temperatura amena dentro da sala, minimizando possíveis incidentes relacionados ao calor”, destaca.

Em recente visita ao campus, durante a realização do SEI-SICITE 2023, o Reitor Marcos Flávio de Oliveira Schiefler Filho, conheceu os ambientes e parabenizou os responsáveis pela realização do trabalho, destacando que a iniciativa deve servir de exemplo para outros campi que enfrentam a mesma situação.

O Diretor-Geral, Abel Dionizio Azeredo, afirma que o Campus Ponta Grossa está empreendendo todos os esforços para regularizar seus ambientes e suas atividades frente às legislações vigentes. Ele explica que são muitos os procedimentos e processos, alguns demorados e interconectados, onde a obtenção de um resultado depende de muitas ações anteriores. “É o caso para se obter a Licença Ambiental do Campus, a liberação pelo Corpo de Bombeiros, pela Vigilância Sanitária, o Habite-se e o Alvará de Funcionamento, entre outras. E, neste caso, a regularização completa dos espaços de armazenamento de produtos químicos envolve o Exército Brasileiro e a Polícia Federal que controlam alguns dos produtos que utilizamos e armazenamos e o Corpo de Bombeiros que estipula regras de sinalização, entre outras medidas de segurança. Todo esse esforço que está sendo adotado desde o início da gestão visa, além de atender as determinações legais, podermos quando ensinamos temas transversais como consciência ambiental e sustentabilidade, ensinar pelo exemplo,” conclui.

A correta guarda desse tipo de material também requer o constante monitoramente das condições do ambiente, como temperatura e umidade. Pensando nisso o professor, Romeu Miqueias Szmoski, desenvolveu um sistema que faz o monitoramento de temperatura do ambiente em tempo real. Os dados são salvos em nuvem, para que os responsáveis tenham acesso sempre que necessário. O mesmo tipo de monitoramento já existe no campus. Ele é realizado na piscina para acompanhar em tempo real a temperatura da água e a corrente elétrica do sistema de aquecimento, o que permite inclusive acompanhar o consumo de energia desse sistema.

Szmoski conta que está trabalhando na melhoria do sistema com a implantação de  alertas via mensagem. Se as condições das variáveis monitoradas indicarem algum risco é disparado uma mensagem para o celular dos responsáveis. “O objetivo é manter as condições do ambiente as mais favoráveis possíveis e se necessário fazer as intervenções no tempo correto. Um exemplo disso, foi quando detectamos que a umidade do local é alta, para corrigir foi realizada a instalação de um exaustor, mas como a eficácia dessa ação não foi total, estão sendo buscadas outras possibilidades e uma das opções será colocar cal no local para ajudar no controle da umidade, ação que está sendo proposto e estudado pelo professor Postigo”, explica.

A articulação para mudança da sala de guarda dos reagentes é uma operação conjunta entre a Direção-Geral, o responsável químico, técnicos de laboratório e as equipes do Departamento de Obras e Projetos (DEPRO), Departamento de Serviços Gerais (DESEG) e Divisão de Patrimônio e Almoxarifado (DIPAT), o que possibilitou a adequação do ambiente com extintores de incêndio, pintura, sinalizações de segurança e itens de suma importância, que são as prateleiras de metal para acomodar os produtos químicos. “Além da melhor organização e maior espaço para estoque, as prateleiras são mais seguras que as de madeira para este fim”, diz Postigo.

A adequação, instalação do mobiliário e transferência dos mais de 1200 frascos de reagentes está sendo realizada desde outubro deste ano e deve ser finalizada em dezembro de 2023. A transferência das substâncias é a parte mais extensa do trabalho e está sendo realizada pelos servidores Luciano Tozetto e Elisabeth Holub, que atuam como laboratoristas na instituição.