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INTEGRAÇÃO
O projeto de extensão Vivenciando a Engenharia Química (VIVEQ) apresenta a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) para alunos do ensino médio do Colégio Estadual Prof. João Ricardo von Borell du Vernay. O objetivo é apresentar a instituição e o curso de Engenharia Química para os alunos do ensino médio da rede pública de Ponta Grossa. Atualmente, o projeto está em fase de planejamento e ampliação das atividades para incluir todos os cursos de engenharia da instituição.
“Muita gente termina o ensino médio sem saber dos cursos e do tamanho da UTFPR, do que a UTFPR representa para o Paraná, então [o objetivo do projeto] é levar esse conhecimento para as pessoas e incentivar elas a entrarem na nossa universidade”, comenta o aluno de Engenharia Química, Cirilo Ribeiro dos Santos Filho, que ministra atividades com os alunos.
Este é o sexto ano do projeto. Cada edição tem encontros semanais de 4 horas no contraturno do aluno. Três tipos de atividades são realizadas com os estudantes: dinâmicas para desenvolvimento de habilidades, aulas teóricas e experimentos. Ao final do semestre, depois de dez encontros, acontece uma gincana com todas as turmas.
Segundo a coordenadora e criadora do projeto, Elis Regina Duarte, os alunos que participam do projeto se sentem motivados por estarem dentro da universidade e fazer coisas que eles não estão acostumados a fazer. Ela explica que há uma abordagem diferenciada dos assuntos tratados. Os conteúdos teóricos são tratados por meio de quiz e os experimentos não são somente demonstrativos, ou seja, cada grupo desenvolve um experimento próprio. Além disso há dinâmicas praticadas pelos alunos que tem como objetivo trabalhar as habilidades deles.
Clecius Chemim é aluno do último ano do curso de Engenharia Química da UTFPR e participou do primeiro ano do VIVEQ, quando ainda estava no ensino médio. “Eu gosto bastante do curso eu acho que condiz mais com as minhas habilidades, as minhas tendências e claro que o projeto ajudou também porque quando a gente pensa em Engenharia Química, principalmente no ensino médio, a gente acha que vai mexer só com química, e na verdade não é isso”, comenta.
Ele conta que teve experiências em várias áreas relacionadas à Engenharia Química, como cálculo, softwares, matemática, física, entre outros conteúdos. “Eu acho bem importante fazer esse tipo de iniciativa para estimular os alunos a virem para o nosso curso, mas também para eles conhecerem realmente o que é, porque às vezes a gente tem uma noção distorcida da realidade”, comenta Chemim.
O critério de seleção das escolas participantes do VIVEQ é ter o Ensino Médio Integrado, que é a integração de cursos técnicos para alunos do segundo grau. O VIVEQ já trabalhou com duas escolas: o Colégio Estadual Prof. João Ricardo von Borell du Vernay e o Colégio Estadual do Paraná (CEP). Os alunos do segundo grau que participam do projeto são selecionados pelo colégio em que estudam.
Os alunos da graduação que participam e organizam as atividades são os que fazem parte do projeto de extensão. “Eu tenho um bolsista e vários voluntários, então eles vão aprendendo, normalmente o aluno que se forma ele deixa de ser bolsista e o aluno que era voluntário passa a ser bolsista e assim a gente vai treinando”, explica a coordenadora do projeto. “Meu objetivo agora não é mais eu tocar o projeto, eu ir na sala de aula como foi o primeiro, agora o meu objetivo é que o aluno de graduação se desenvolva”, explica Duarte. “Eu deixo eles darem a cara deles para o projeto”
Histórico
O projeto VIVEQ surgiu em 2012 com um edital do CNPQ. Na época, a equipe era formada por quatro alunos do ensino médio que ganhavam bolsas de Iniciação Científica, um aluno de graduação também bolsista e uma professora da UTFPR. O objetivo era estimular alunos de ensino médio a conhecerem a engenharia e se sentirem motivados a cursar.
Com o fim do edital, o projeto foi encaminhado para DIREC se tornando um projeto de extensão da universidade que dava bolsa para alunos de graduação. “Agora a gente não tem mais o incentivo [financeiro] para aluno do ensino médio, mas mesmo sem incentivo nós temos sempre turmas com muitos alunos”, conta a professora Elis Regina Duarte que criou o projeto.
Segundo a coordenadora, o colégio sempre demandou que mais alunos fossem incluídos no projeto. “A gente começou atendendo 4 alunos, passou para 16, aí foi pra 20 e já teve semestre que a gente atendeu 40”, relata a professora. Atualmente a equipe é formada por um aluno de graduação bolsista, a coordenadora do projeto e 30 alunos do Colégio Estadual Prof. João Ricardo von Borell du Vernay.
Vivenciando as engenharias da UTFPR
O VIVEQ com esse nome terá sua última edição este ano, mas o projeto não vai acabar. A partir do ano que vem a ideia é ampliar o projeto para abordar todas as engenharias da universidade. “Os alunos que vinham das escolas de ensino médio eles gostavam de conhecer as outras engenharias, eles ficavam curiosos”, justifica Duarte sobre a mudança do projeto. Além disso, os colégios também solicitaram que os outros cursos fossem apresentados para os alunos do Ensino Médio.
A professora atualmente ministra aulas de Química para uma turma com 50 alunos de diferentes cursos: Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Bioprocessos e Engenharia Química. Nessa disciplina ela incluiu o desenvolvimento de um projeto que pudesse ser aplicado para os alunos do segundo grau. Assim, esses alunos passaram a compor o projeto e ele precisou ser ampliado para acolher todos os interessados.