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Mush na RPC

Startup da UTFPR PG está entre as 6 finalistas da Órbita Agro no reality show Rocket
publicado: 09/11/2020 10h08 última modificação: 07/11/2022 11h25
Imagem: RPC Paraná

MUSH. Uma empresa de biotecnologia que surgiu dentro do Laboratório de Fermentações do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, e que atualmente está incubada na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Ponta Grossa - UTFPR-PG. Do laboratório para as telas, a Mush foi selecionada para participar do reality show Rocket, um programa de startups da RPC Paraná. O Rocket é subdividido em “órbitas”, e a MUSH está entre as seis finalistas da órbita Agro.

Nesta semana a startup, que também representa a UTFPR na websérie global, precisará da ajuda de todos para uma votação on-line no endereço: gshow.com/rocket . Mas, antes, vamos conhecer melhor a Mush!

 

Como vocês definem o que é e o que faz a Mush?

MUSH - Produzimos, por meio da biotecnologia, um novo tipo de material, que pode ser utilizado na construção civil, como embalagem, para absorção acústica, em arquitetura e design de interiores, entre outras.
Utilizamos resíduos agroindustriais e um microrganismo. Neste processo os fungos utilizam os resíduos agroindustriais (cascas, bagaços, palhas, serragem...) como fonte de nutrientes e suporte para seu crescimento. À medida que o fungo cresce, atua como uma “cola natural”, agregando as partículas e constituindo um material rígido. 
O legal neste processo é que o material não é “produzido”, ele é “cultivado”. Esse cultivo é feito em moldes, que deixam o produto final no formato que desejarmos (cubos, cilindros, desenhos personalizados). Ao final do processo o fungo é inativado e o produto se torna 100% seguro.
Além da biodegradabilidade, o material é bastante leve, resistente à chama e à umidade, possui impressionante resistência mecânica e faz absorção acústica. Esse conjunto de características não é encontrado em nenhum outro tipo de material. 
A Mush combina biotecnologia, sustentabilidade, design e funcionalidade. O fato de utilizar resíduos agroindustriais como matéria-prima resulta no melhor aproveitamento dos recursos naturais, agrega valor à cadeia do agronegócio, promove a bioeconomia e a economia circular. 

 

Qual a história de vocês com os cogumelos, como esse interesse surgiu e iniciou os trabalhos da Mush?

MUSH -  O professor Eduardo Sydney possui vasta experiência com fungos e cogumelos. Em 2013, ajudou a fundar uma empresa de produção de cogumelos comestíveis, em Curitiba. Após seu ingresso como professor da UTFPR, encerrou sua participação na empresa. A partir de 2018, já no Câmpus Ponta Grossa, retomou a produção de cogumelos através de um projeto de extensão chamado “Desmistificando os Cogumelos”. Desde então as pesquisas com fungos foram ganhando mais força no Laboratório de Fermentações, o que culminou com a fundação da Mush. 
Os cogumelos são como se fossem os “frutos” de alguns tipos específicos de fungos. Para produzi-los, faz-se primeiro o cultivo de um fungo e depois impõe-se condições ambientais específicas que faz com que ele produza os cogumelos. Na Mush nós não chegamos na etapa de estimular a produção de cogumelos. Paramos na etapa de cultivo do fungo - lembrando que se trata de um fungo totalmente seguro para a saúde humana, animal e do meio ambiente.

 

Como a UTFPR se encaixa na história da start up e o que ela significa para vocês que criaram a ideia?

MUSH - A startup é fruto de pesquisas desenvolvidas na UTFPR-PG. Com a orientação do professor Eduardo Bittencourt Sydney, o estudante Leandro Inagaki Oshiro iniciou um projeto de Iniciação Científica que se transformou em um projeto de Iniciação Tecnológica. A fundação da empresa, inclusive, se deu pela conquista de um fomento no Edital Sinapse da Inovação, da Fundação Araucária e Governo do Estado do Paraná, que teve como objetivo justamente incentivar novos negócios. Pouco tempo depois o professore Antônio Carlos de Francisco passou a fazer parte da equipe.
A UTFPR foi o berço do desenvolvimento dessa tecnologia e ainda abriga a startup, que está incubada no Câmpus Ponta Grossa. Esperamos que a Mush represente o trabalho sério que é desenvolvido dentro da instituição e incentive discentes, docentes e servidores a transformar suas ideias em produtos e negócios. O empreendedorismo dentro da Universidade é essencial para o desenvolvimento tecnológico do nosso país.

 

Lançar a ideia como start up no Rocket já estava nos planos, ou isso surgiu quando o trabalho estava em andamento - como uma oportunidade que aproveitaram, talvez?

MUSH - Assim que a Mush foi criada, fomos aprovados no programa de aceleração da Emerge Labs, com a BRF. Esse programa foi fundamental para moldar toda nossa visão do negócio. 
Pouco tempo depois foram abertas as inscrições do Rocket Startups, que está apenas em sua segunda edição, e decidimos nos inscrever. A inscrição envolveu o preenchimento de um formulário e o envio de um Pitch. Fomos surpreendidos por termos sido selecionados para o programa, que recebeu mais de 400 inscrições de empresas de todo Paraná. 

 

O que esse reality show representa para a história e desenvolvimento da Mush?

MUSH - O alcance de audiência da Rede Globo é impressionante aqui e em qualquer estado do Brasil. O Rocket é o primeiro programa do tipo na emissora, e está apenas em sua segunda edição. O reality é, portanto, a grande oportunidade de divulgar nosso trabalho e posicionar a Mush como referência nacional na produção desse tipo de material, já que somos pioneiros no Brasil com esta tecnologia. Ao mesmo tempo, divulgamos a UTFPR e o Câmpus Ponta Grossa, mostrando que aqui se produz tecnologias inovadoras que têm potencial de impactar positivamente nossa sociedade. E, ainda, estamos aproveitando a oportunidade para mostrar os primeiros produtos que estamos desenvolvendo. Trata-se de uma coleção que reúne painéis/nuvens acústicas e divisões de ambientes. 

 

Quais os planos, ambições, expectativas da startup para o futuro? 

MUSH - Parece clichê, mas já estamos nos sentindo vitoriosos por estar participando do programa. É inacreditável que estejamos tendo tamanha oportunidade em tão pouco tempo de vida e é impossível não entrarmos com todas nossas forças. Estamos participando e queremos vencer.
A expectativa é aproveitar a visibilidade para fazer a empresa crescer, absorver conhecimento, amadurecer como empresa e se divertir. O principal objetivo é buscar investimento para ampliar nossa capacidade de produção e colocar a nova coleção no mercado. Como pesquisadores, queremos continuar inovando em outras áreas que esse material pode ser utilizado. 

 

Como a comunidade da UTFPR pode auxiliar a empresa na competição?

MUSH O Rocket é um programa tipo “reality show” dividido em 6 episódios, iniciados em 26/10. Os episódios são publicados no site www.gshow.com/rocket e, ao longo da programação, haverá diversas chamadas do programa. Além disso, reportagens envolvendo as empresas também serão veiculadas.
Toda segunda-feira será apresentado um novo episódio. Esses episódios vão mostrar alguns desafios, entrevistas e dinâmicas que fizemos com as outras 5 empresas participantes da Órbita Agro. No dia 10 e 11 de Dezembro serão realizadas as finais por órbita: cada empresa vai apresentar um Pitch ao vivo nos estúdios da RPC e o campeão sairá de uma combinação de votos de uma banca de jurados e votação popular. Os campeões de cada órbita se enfrentarão na grande final, dia 12 de Dezembro, novamente com apresentação de um Pitch e votação de uma banca de jurados e votação popular.
A votação popular tem um peso MUITO grande no programa e contamos com o apoio de toda comunidade UTFPR para trazer esse título para nossa instituição. Temos certeza que será histórico uma empresa incubada na Universidade levar esse título.