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Projeto Pandora
Bud, Juliano, Leitoa, Sherlock e Urso. Quem esteve na UTFPR Ponta Grossa recentemente já ouviu falar deles, ou pelo menos os viu passeando pelo câmpus. Estes são os nomes dos cães atendidos pelo Projeto Pandora, uma ação voluntária com início no ano de 2016 e muita disposição dos envolvidos para a sua continuidade.
O projeto Pandora trabalha questões relacionadas à qualidade de vida dos cães comunitários residentes na UTFPR Ponta Grossa, como alimentação, abrigo, coleiras, vacinação, atendimento veterinário, entre outros cuidados que todo pet necessita (“pets” pois são “animais de estimação” de toda a universidade!).
A atenção com estes animais iniciou por volta de 2014, com a docente Gisele Werneck Divardin. As atividades foram aumentando e seis servidores voluntários hoje são “padrinhos oficiais”, e toda a comunidade acadêmica está “de olho” nestes “peludos” pelo câmpus.
A frente das ações principais, o docente Thiago Prado assumiu voluntariamente os cuidados com os cães no início de 2019, conta ele que eram 14 animais naquele momento, sendo que nove já foram encaminhados para adoção responsável desde então. A projeção era para que, sem nenhuma ação interna, hoje o câmpus tivesse 22 animais abandonados, mas graças ao Projeto Pandora são apenas cinco.
Thiago ressalta que é feita uma pré-seleção dos tutores que adotam os cães da UTFPR, tendo o cuidado para que haja minimamente espaço para que o animal viva e se desenvolva com carinho, comida, entre outros. “Não é só por que as pessoas tem vontade de ter um animalzinho que elas devem ter, é preciso pensar também nas condições de bem-estar que esse cão vai ter. Por exemplo, não podemos deixar o Urso ser adotado por uma família que mora em um apartamento, é um cão grande, ele precisa de espaço”, orienta o coordenador do projeto no câmpus.
Para a continuidade das atividades, há uma forte parceria com o projeto Fauna, entidade municipal da cidade de Ponta Grossa que se dedica a proteção dos animais. Foi através deles que surgiu a ideia de instalação de tubos que funcionam como local de alimentação dos cães. Hoje a universidade também possui materiais orientativos para que os cães não sejam alimentados e, esporadicamente, os próprios estudantes desenvolvem campanhas de arrecadação de dinheiro para tratamentos específicos ou outras necessidades dos animais.
Com o apoio da direção do câmpus, o Projeto Pandora está em fase de formalização. Preocupados com a saúde e bem-estar coletivos, inclusive daqueles que não são tão afeitos aos bichos, o professor Thiago destaca que “o animal é comunitário, mas nem por isso você precisa passar a mão, dar comida e muito menos remédio; o animal é irracional e você não sabe com ele vai reagir, por isso conviva e contorne o cão, não passe por cima dele, principalmente quando estão dormindo”.
Os cachorros que estão dentro da instituição são vacinados, castrados e chipados. Não podem e nem serão abandonados, há uma responsabilidade nisso, e para auxiliar, basta entrar em contato com o professor Thiago Prado. Enquanto isso, quando as aulas retornarem, todos podem deixar seu dia mais leve observando a alegria que o Bud, o Juliano, a Leitoa, o Sherlock e o Urso trazem para o ambiente.
Conheça um pouco das leis que amparam o cão comunitário:
- Constituição Federal – Capítulo VI – Meio Ambiente
- Lei 9.605/1998 – Crimes Ambientais
- Lei Municipal 9.019/2007
- Lei Estadual 14.037/2003
- Lei Estadual 17.422/2012
O que são maus tratos a um animal:
- falta de abrigos contra chuva, sol, frio
- deixar preso em corrente
- não fornecer alimento
- não ter sempre água limpa disponível
- falta de tratamento veterinário
- deixar animais com feridas expostas
- abandonar animal na rua, em locais públicos ou qualquer outro lugar
- soltar o animal quando está no cio
- bater, ferir, cegar, aleijar, atropelar, envenenar, matar, entre outros
É requerida a colaboração para:
- não fornecer nenhum tipo de alimento que não seja ração colocada diretamente nos tubos de alimentação;
- não retirar a coleira dos cães;
- não dar nenhum tipo de medicamento aos cães;
- não ferir, bater, envenenar, ou causar qualquer sofrimento aos cães;
- não recolher ao câmpus animais abandonados nas imediações da universidade;
- visto algum animal em sofrimento que não seja os cães residentes da instituição, entrar em contato com a zoonoses de Ponta Grossa, pelo telefone (42) 3220-1000, ramal 4072;
- denúncias de maus tratos podem ser feitas também pelo telefone 153.