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Projeto Pandora

Cães comunitários, abandono animal e algumas dicas de como se comportar com os cães
publicado: 29/07/2021 10h23 última modificação: 07/11/2022 11h26

Nesse momento de pandemia, ocorre também uma “epidemia” de abandonos de animais de estimação, além da crise sanitária vivemos uma crise social e financeira.

Segundo dados da Ampara Animal, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) o aumento no número de abandono cresceu 70% em 2020, dados coletados através de 530 instituições e protetores independentes de todo Brasil.

Animais de pequeno porte em situação de abandono como cães e gatos são uma realidade no Brasil muito antes da pandemia, e em nossa cidade não é diferente. Inúmeros locais públicos e até mesmo as instituições de ensino tornam-se moradia destes animais.

Estes animais quando acolhidos pela comunidade são denominados animais comunitários. Além disso, a Lei estadual do Paraná, nº 17.422 de 2012, em seu Art. 8º regulamenta e ampara o cão comunitário. Conceitua o “animal comunitário” como aquele que estabelece com a comunidade em que vive laços de dependência e de manutenção, ainda que não possua responsável único e definido; e o mantenedor ou cuidador é o membro da comunidade em que vive o animal comunitário e que estabelece laços de cuidados com o mesmo. Ainda, o animal comunitário tem proteção legal, a pessoa que evita ou que prejudica a alimentação e o cuidado do cão comunitário incorre em crime de maus-tratos.

Hoje em nosso campus residem 4 (quatro) cães comunitários, já foram 19 (dezenove) cães moradores, 15 (quinze) animais adotados depois da implementação de campanhas de adoção em parceria com o Grupo Fauna, ONG (Organização Não Governamental) atuante na proteção animal da cidade desde 1998 e que acompanha todas as atividades destinadas aos cães residentes no campus.

Outros cães não considerados comunitários da instituição, apenas de maneira esporádica passam pelo campus por ser um local de fácil acesso, amplo, e também por estar localizado em uma região reconhecida pelo frequente abandono de animais.

Mesmo o número de cães residentes sendo pequeno, acidentes podem acontecer especialmente em uma época em que o trânsito de pessoas pelo campus é menor e o contato dos cães com humanos é reduzido, estes podem mudar seu comportamento em prol da sobrevivência.

Entendemos que essas situações podem trazer impactos negativos, diante disso vamos abordar alguns cuidados para que possamos identificar os motivos que levam os cães a serem agressivos, de forma a evitar possíveis danos à comunidade e aos animais.

  • Nunca se aproxime sem conhecer o temperamento do animal;
  • Não aborde um cãozinho desprevenido, ele irá se defender;
  • Nunca provoque um cão com gritos, gestos ameaçadores ou barulhos;
  • Evite transitar próximo a eles, o mesmo pode se assustar e no reflexo atacar;
  • Ao perceber agressividade ou comportamento estranho, não mexa com o cão, especialmente se não o conhece;
  • Evite correr perto de um cão, o instinto de caça o leva a perseguir “alvos móveis”;
  • Animais machucados, com medo de pessoas, outros cães, trovões, fogos de artifício, etc, ou que tem sentimento de defesa ou de proteção ao seu alimento, são potenciais agressores;
  • Nunca confie num cão desconhecido, por menor ou mais inofensivo que ele pareça;
  • A noite os cuidados devem ser redobrados, cães comunitários são vulneráveis e expostos à perigos, isso leva-os a estarem sempre alerta;
  • Quando você estiver de moto tenha cuidado com ruídos excessivos de seu veículo, a audição destes animais é sensível e os ruídos podem o deixar com medo ocasionando ataques;
  • O instinto de caça dos cães os leva a perseguir motos, bicicletas e até carros, identificados novamente como “alvos móveis”;
  • Se você é acadêmico deixe sua moto no estacionamento externo, evitando assim qualquer situação indesejada;
  • A linguagem corporal do animal contém muitos sinais, rosnar, mostrar os dentes, a posição do corpo elevada, orelhas levantadas são algumas delas. A falta de atenção da nossa parte pode nos colocar em perigo. Não significa que eles são maus, apenas de dizer que estão descontentes com algo, fazem isso com outros cães também, então estas posturas nos servem de alerta.

Saiba como agir se enfrentar um ataque canino:

  • Diante de um ataque, não corra nem grite;
  • Tente ficar parado;
  • Se mesmo assim o cão atacar, proteja a cabeça com os braços, ficando o mais imóvel possível;
  • Se for mordido, lave a região usando apenas água e sabão;
  • Procure imediatamente o centro de saúde para avaliar a lesão e a necessidade de medicação.

 

Todos os cães residentes no campus são vacinados com a vacina V8 e antirrábica.

Dificilmente um cão ataca sem motivos, então esteja sempre alerta.