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Segurança do trabalho
A UTFPR Campus Ponta Grossa recebeu, na tarde de quinta-feira (1) de dezembro, o 7º Fórum de Segurança do Trabalho dos Campos Gerais. O evento, voltado para estudantes, acadêmicos e profissionais da área de segurança do trabalho, é uma promoção do Grupo de Segurança do Trabalho dos Campos Gerais e reuniu 260 participantes no Centro de Convivências da Universidade para debater o tema. A Diretora de Relações Empresarias e Comunitárias, Sabrina Ávila Rodrigues, representando o Diretor Geral do Campus Ponta Grossa, Abel Dionizio Azeredo, realizou a abertura protocolar do Fórum.
A Diretora de Relações Empresariais, falou sobre a importância da UTFPR sediar eventos como o Fórum, destacando a necessidade desse contato com a comunidade em que a universidade está inserida, neste caso representada pelas empresas que atuam na realização do evento. Ela destaca essa como uma oportunidade do campus receber a visita de indústrias, empresas e diversos setores da sociedade para debater a segurança no trabalho, o que gera uma grande troca de experiências com os alunos, professores e servidores da instituição.
A palestra que deu início ao Fórum, com o tema “PGR – Do Levantamento de Riscos à Execução do Plano de Ação, foi proferida pelo Auditor-fiscal do Trabalho e Chefe do Setor de Segurança e Saúde no Trabalho do Paraná, Rubens Patruni Filho. O palestrante explica que nos últimos três anos ocorreram diversas alterações de normas regulamentadoras na área de segurança e saúde no trabalho, lembrando que hoje existem 37 normas que tratam dessa temática e todas passaram por algum tipo de mudança ou adequação, algumas já concluídas outras ainda em andamento, e que essas alterações seriam o tema da palestra. O Destaque, trazido por Patruni foi a norma que trata do gerenciamento dos riscos ocupacionais, com ênfase no Programa de Gerenciamento de Riscos. Ele salienta a importância da realização do evento e da abertura da universidade para realização do Fórum, destacando a evolução nas boas práticas internacionais quanto ao tema tratado, lembrando que a divulgação dessas informações é uma prioridade e que a universidade tem papel fundamental e obrigatório nesse sentido, como multiplicador de conhecimento. “Aqui é o pólo que difunde o conhecimento. Aqui o conhecimento se multiplica, a partir daqui tudo acontece. Sem universidade não existe conhecimento”, decreta.
Segundo os organizadores o fórum é uma oportunidade de proporcionar momentos de aprendizagem, reflexões e atualizações na área. O Professor da UTFPR, Ariel Orlei Michaloski, que também participa da organização do Fórum explica que o evento traz o que realmente acontece no mercado de trabalho, apresentando oportunidades e desafio, tornando-se um importante espaço de discussão do setor. Ele conta que a intenção agora é trabalhar pelo crescimento e fortalecimento do evento. “Nas próximas edições nos queremos transformar em um Congresso Regional. A meta é grande, pois queremos então partir para um Congresso Nacional e quem sabe, no futuro, ter um Congresso Internacional”, afirma.
O Fórum de Segurança do Trabalho dos Campos Gerais é um evento anual, sendo interrompido apenas no período da pandemia, mas que volta com força total em 2022, com a realização da sua 7º edição. Michaloski conta que com o retorno das atividades no pós-pandemia, já havia uma cobrança por parte da comunidade externa para a volta da realização do evento. O objetivo do Fórum é debater procedimentos que visem resguardar a saúde, a vida e a integridade física dos trabalhadores de todos os ramos de atividade econômica da região dos Campos Gerais. Edison Aparecido Roque, Subtenente do Corpo de Bombeiros e representante da Defesa Civil, destaca a importância do evento na divulgação de informações que auxiliam na diminuição de acidentes, incentivando a adoção de boas práticas nas indústrias, apoiado pela prevenção e atenção como palavras chaves sobre o tema. “Prevenção é a base primordial, tudo que a gente efetua e desempenha como atividade prevencionista, já traz a ideia de que é preciso estar alerta, é preciso ter atenção para tudo que deve ser feito, em qualquer atividade. Quando a empresa acerta na prevenção, o que se vê é um número muito pequeno de acidentes”, conclui.
O evento, explicam os organizadores, contribui para a construção de alianças com entidades como o SESI que tem como visão servir e fortalecer a Indústria para melhorar a vida das pessoas e a UTFPR que tem como missão desenvolver a educação tecnológica de excelência, construir e compartilhar o conhecimento voltado à solução dos reais desafios da sociedade. Paulo Gonçalves Engenheiro Analista da área de Segurança do trabalho da Klabin e presidente do Grupo de segurança dos Campos Gerais destaca que o objetivo principal do grupo é disseminar a informação de boas práticas e a troca de informações entre as empresas participantes, garantindo assim maior segurança para os trabalhadores. Sobre o impacto desse debate na indústria, Gonçalves, explica que há uma melhora na questão de segurança, porque a informação corrobora para a prevenção de ocorrências. “Quando as pessoas começam a pensar antes de fazer as atividades, buscam maneiras diferentes de fazer, com certeza a gente previne acidentes. Dessa forma quando empresas pensam a segurança do trabalho, as pessoas vão trabalhar mais tranquilas, vão voltar para casa satisfeitas e sem nem um tipo de ferimento, o que é nosso objetivo fundamental”,finaliza.
Inscrição solidária
Foram arrecadados mais de 250 kg de alimentos com a inscrição solidária do Fórum. Durante o evento foi feito o repasse das doações para a Casa Transitória Fabiana de Jesus, que atua em Ponta Grossa há mais de 60 anos, trabalhando com a comunidade que se encontra em situação de vulnerabilidade social. Segundo os organizadores do Fórum a inscrição no evento não teve custo, mas os participantes foram convidados trazer 1 kg de alimento, com o objetivo de resgatar um viés social e estender o braço para alcançar também a comunidade.
A instituição escolhida para receber as doações tem três linhas de ação, que são a segurança alimentar, a geração de renda e o envelhecimento saudável. Olívia Mara Savi, presidente da instituição destaca a importância das doações recebidas. “Nós fornecemos mais de 1.500 litros de sopa por mês e essa arrecadação vai nos garantir alimento por uma semana. Isso significa três mil pratos de sopa oferecidos para a comunidade, lembrando que a sopa da casa é a única alimentação do dia que elas têm”, reforça.
Hoje, a Casa Transitória Fabiana de Jesus atende mais de 500 famílias com cadastros ativos, o que corresponde a aproximadamente 1600 pessoas e desse universo entre 70 e 80% são mulheres. Para conhecer mais sobre esse projeto clique no link.