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SUSTENTABILIDADE
Onze novas tomadas USB vão ser instaladas no câmpus, três ficarão no ponto de ônibus, uma no laboratório de física III, uma no laboratório de física IV e seis no bloco de mecânica. Os alunos e frequentadores da UTFPR do câmpus de Ponta Grossa poderão recarregar seus celulares com energia solar a partir do final deste mês, segundo a previsão para as instalações. Desde o ano passado, a universidade tem quatro tomadas desse tipo instaladas no bloco K.
“O ponto de ônibus [foi escolhido] pela possibilidade de alunos ficarem sem carga no celular e precisarem carregá-lo, além da comodidade de poderem carregar o celular enquanto esperam o ônibus”, explica o professor Romeu Szmoski um dos responsáveis pelo projeto. Os laboratórios de mecânica terão energia do painel solar instalado no bloco, por isso foi um dos lugares escolhidos pela equipe. O professor ainda justifica que o laboratório de física terá uma tomada para que se possa monitorar seu funcionamento.
O projeto “UTFPR sustentável” é uma iniciativa dos professores do Departamento de Física (DAFIS) Romeu Szmoski e Celso Quadros, pelo professor do Departamento de Mecânica (DAMEC) Thiago Antonini Alves e o pós-doutorando Vinícius M. Lenart. A proposta existe desde 2017, mas a instalação de tomadas começou em 2018, com quatro pontos de energia no bloco K, duas no térreo e duas no primeiro andar.
As placas solares instaladas na entrada do câmpus geram energia para as tomadas. O sistema é composto por três painéis com potência de 40 W cada, controladores de carga, baterias e inversores. O conjunto de equipamentos completo tem potência de 120 W.
Histórico
Em 2001, A UTFPR, na época CEFET-PR, recebeu dois conjuntos de equipamentos para a instalação de um sistema de energia solar, por meio de uma parceria (Programa de Desenvolvimento de Estados e Municípios - PRODEEM) entre o Ministério de Minas e Energia e o Ministério da Educação. Um dos conjuntos ficou com a universidade e o outro foi instalado numa comunidade rural de Campo Largo que não tinha energia elétrica na época.
Com 800 W de potência, o sistema gerava energia para 16 casas. Mas, em 2002, a companhia de energia elétrica COPEL começou a atender a comunidade com energia convencional e os equipamentos que geravam energia solar voltaram para a universidade em Ponta Grossa. “Esse material, exceto as baterias, que já não estavam em boas condições, foi repassado para o departamento de eletrônica para pesquisa”, conta o professor Szmoski.
Em 2016, os professores do Departamento de Física (DAFIS) Romeu Szmoski e Celso Quadros começaram a estudar as placas instaladas na entrada do campus com um microcontrolador Arduino. O trabalho teve participação de um aluno de Iniciação Científica e os resultados da pesquisa foram apresentados no Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UTFPR (SICITE) e publicados na revista Sustentabilidade e Responsabilidade Social em Foco.