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Visita Técnica

Representante do Grupo Renault e Especialista em questões jurídicas se reuniram com integrantes do GSA no Campus Ponta Grossa.
publicado: 25/07/2023 14h23 última modificação: 25/07/2023 14h23
Exibir carrossel de imagens O objetivo da visita foi a apresentação das atividades desenvolvidas, fortalecer a colaboração tecnológica com a Renault e realizar a troca de informações com uma especialista jurídica.

O objetivo da visita foi a apresentação das atividades desenvolvidas, fortalecer a colaboração tecnológica com a Renault e realizar a troca de informações com uma especialista jurídica.

O Grupo de Sistemas Automotivos (GSA) recebeu, na manhã de segunda-feira (24), a visita do Gerente de Projetos do Grupo Renault e Coordenador de Sistemas Eletrotécnicos, Igor Woitexen e da Especialista em questões jurídicas referentes aos veículos autônomos e sua inserção no sistema de trânsito brasileiro, Andrea Martinesco, que é servidora do Ministério Público Federal (MPF). O objetivo da visita ao laboratório do GSA, localizado no Campus Ponta Grossa, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) foi a apresentação das atividades desenvolvidas.

Segundo o Professor responsável pelo GSA, Max Mauro Dias Santos, a visita técnica ao Grupo oportunizou, além da apresentação da equipe e dos projetos tecnológicos em desenvolvimento, a realização de discussões relacionadas a sistemas ADAS e Veículos Autônomos. Ele destaca que durante o encontro os visitantes e os integrantes dos projetos puderam debater sobre aspectos técnicos, tecnológicos, legais e jurídicos de veículos com sistemas ADAS e Autônomos.

Igor Woitexen explica que o Sistema ADAS tem como objetivo auxiliar o motorista na condução do seu veículo. Ele diz que existem várias aplicações possíveis como, por exemplo, os sistemas de visão para frenagem de emergência e manutenção do veículo na pista correta de condução. “São sistemas que permitem sair de um carro totalmente manual para um carro autônomo. Em algum momento serão eliminados o volante e os pedais e o veículo vai dirigir conforme a solicitação do condutor. Trata-se ainda de uma projeção para o futuro, mas esse é basicamente o contexto principal”, ressalta.

Doutoranda em Direito de Novas tecnologias pela Universite Paris-Saclay, Andrea Martinesco falou um pouco da sua expertise. Ela conta que seu trabalho de doutorado tem como objetivo estudar de quem é a responsabilidade penal em caso de acidentes envolvendo veículos autônomos. “Eu falo exatamente sobre isso, a necessidade de políticas públicas para implementação desses veículos em vias públicas e de quem é a responsabilidade em cada etapa. O projeto de testes em vias públicas, depois no momento da comercialização desses veículos e a na utilização deles para transporte de pessoas”, salienta.

Na França, Andréa Martinesco participou de um grupo de pesquisa que elaborou o primeiro dossiê de um veículo autônomo (SAE 4) desenvolvido em um laboratório de pesquisa, possibilitando sua circulação em vias públicas. Ela relata que foi uma construção gradual, que contou com a participação de vários atores. Segundo a estudiosa o poder público não tem o conhecimento tecnológico, que deve ser trazido pelos laboratórios de pesquisa das universidades, que por sua vez estão associadas às indústrias, o que dá origem às parcerias público-privadas.

“De um lado está o Estado (...) que vai regular. É o Poder Público que determina se esse veículo pode ser emplacado e circular nas ruas de uma cidade ou em estradas. Do outro lado você tem uma tecnologia sob estudo, é uma tecnologia disruptiva para a qual não temos uma legislação específica no Brasil. É necessário conhecimento técnico para saber se pode ou não trafegar em vias públicas e qual são os limites dessa circulação (...), esses veículos pelo caráter disruptivo, têm o potencial de transformar algo que a gente conhece, em algo muito diferente, (...) precisamos dessa interlocução entre o poder público, a indústria e a academia, isso é básico e é isso que a gente tem de importante para discutir na data de hoje”, afirma.

O Gerente de Projetos do Grupo Renault destaca a importância da parceria com a universidade, através do projeto SegurAuto e afirma que esse contato entre a indústria e a acadêmica auxilia na entrega de um produto melhor para o consumidor final. Para o professor Max esse foi um momento muito importante onde foi possível apresentar o  estado dos  projetos que estão em andamento,  fortalecer a colaboração tecnológica com a Renault e realizar a troca de informações com uma especialista jurídica de veículos autônomos.