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Especial UTFPR

Universidade usa bombas de calor gerando economia e promovendo avanços no uso de energias renováveis.
publicado: 13/09/2023 16h39 última modificação: 13/09/2023 16h59
As antigas caldeiras foram substituídas por bombas de calor.

As antigas caldeiras foram substituídas por bombas de calor.

Para garantir piscina com água aquecida, para as aulas de natação, ofertadas através do Projeto UTFPR em Ação, o Campus Ponta Grossa, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), investiu em tecnologia. As antigas caldeiras foram substituídas por bombas de calor, o que além de gerar economia, faz com que a instituição avance no uso de energias renováveis.

O Professor Romeu Miqueias Szmoski, conta que antes da mudança para aquecer a água da piscina era utilizada uma caldeira que funcionava a partir da queima de óleo diesel. O antigo sistema era oneroso, desde a instalação do novo sistema até agora, a universidade deixou de queimar aproximadamente 12.000 litros de óleo diesel. O antigo formato ainda esbarrava nas questões ambientais, pois o diesel, sendo um combustível fóssil, é uma fonte de energia não renovável, que gerava a emissão de gases efeito estufa. 

Com a implantação das bombas de calor - no total foram instaladas quatro no campus - a primeira grande vantagem é a redução nos custos, que devem cair mais que a metade. A Estimativa é que a economia com o novo sistema seja superior a 50%, se comparado ao valor que a instituição gastava com óleo diesel.  O investimento para instalação do novo sistema de aquecimento foi da ordem de 125 mil. Considerando a economia que proporcionará, estima-se que esse investimento deva retornar para a universidade em aproximadamente dois anos.

Outro investimento que deve ser feito é na aquisição de uma lona para cobrir a piscina durante a noite. O objetivo é evitar ao máximo que a água perca calor, pois assim menos energia será necessária para reaquecê-la novamente.

Somente com a implementação das bombas de calor, Miquéias, diz ser esperada uma economia de aproximadamente R$ 1 milhão de reais, se comparados os custos de funcionamento do sistema de aquecimento novo com o antigo, em 18 anos. “Esse recurso que pode ser utilizado para atender outras necessidades institucionais, provocando um impacto positivo no meio ambiente, no uso racional dos recursos públicos e na sociedade como um todo”, acrescenta.

O Diretor-Geral do Campus, Professor Abel Dionizio Azeredo, destaca que sua gestão, busca atuar em um movimento contínuo, composto de ações interligadas com enfoque na sustentabilidade. Duas dessas ações são a instalação de usinas fotovoltáicas, dentro do Programa de Eficiência Energética da Copel, e a troca do sistema de aquecimento da piscina. Ele destaca que são investimentos importantes que focam na economia, tanto na conta de energia elétrica, como na extinção dos gastos com a aquisição de óleo diesel para "queimar" e aquecer a água da piscina.

“Nesse novo formato se programarmos os trocadores de calor para funcionarem em horário apenas fora de ponto, deveremos manter a piscina aquecida com custo zero. É um investimento com retorno garantido e visa à economia necessária para que o campus possa disponibilizar mais recursos em investimentos e infraestrutura para melhor atender as atividades fim da instituição, que são pesquisa, ensino e extensão”, afirma Azeredo.

O professor Romeu Miqueias Szmoski conta que foi responsável pelo Estudo técnico, dimensionamento, orçamento, instalação e conferência das bombas de calor, mas lembra que esse foi um trabalho realizado em equipe, que reuniu vários servidores do campus. O professor Thiago Antonini Alves atuou no Estudo técnico e  dimensionamento, Daniel Zadra Luz conduziu a parte administrativa do processo, atuando também na  instalação e conferência dos equipamentos e  José Luis Schamne,  realizou o levantamento dos recursos para aquisição.

 Como operam as bombas de calor?

A operação de uma bomba de calor pode ser analogamente comparada ao funcionamento de um refrigerador, ou seja, a geladeira que você tem em casa, porém em sentido oposto. Enquanto em um refrigerador o calor é transferido do interior para o exterior, nas bombas de calor esse processo ocorre de maneira inversa. Uma bomba de calor opera com base no ciclo de refrigeração por compressão a vapor. O ciclo envolve quatro componentes principais: compressor, evaporador, condensador e válvula de expansão. O evaporador é o local onde a bomba de calor absorve calor do ar ambiente. O vapor de baixa pressão resultante da evaporação é comprimido pelo compressor. No condensador, o vapor comprimido cede calor para a água da piscina. Após o condensador, o líquido refrigerante de alta pressão passa pela válvula de expansão. A válvula de expansão reduz abruptamente a pressão do líquido refrigerante, fazendo com que ele se expanda e se resfrie rapidamente. A bomba de calor mantém esse ciclo contínuo, absorvendo calor do ar ambiente e transferindo-o para a água da piscina. O resultado final é a elevação da temperatura da água da piscina mesmo em condições climáticas mais frias e permitindo que o usuário desfrute de uma piscina aquecida de maneira eficiente e econômica.